Os telespectadores que estão acompanhando a novela Três Graças testemunharão nos próximos capítulos a revelação de um dos maiores segredos da trama: a origem da fortuna de Santiago Feretti (Murilo Benício). Por trás da imagem de empresário exemplar e benfeitor, o vilão esconde um esquema milionário de corrupção, falsificação e revenda de medicamentos — um império erguido sobre mentiras, mortes e manipulação.
Segundo a redação do Notícias da TV, o público descobrirá que a respeitada Fundação Feretti, apresentada como símbolo de filantropia, é, na verdade, uma fachada para um dos golpes mais ousados da história da teledramaturgia recente.
O esquema dos remédios falsificados
A operação criminosa de Feretti é cuidadosamente articulada. Ele utiliza a fundação, que supostamente doa remédios de alto custo à população carente, para desviar recursos e lavar dinheiro. Enquanto recebe verbas públicas e doações generosas, o empresário redireciona parte desses valores para o mercado clandestino. Os medicamentos originais são revendidos por preços abaixo da tabela, sempre em dinheiro vivo, e substituídos por placebos fabricados em uma linha de produção ilegal conhecida como “Casa da Farinha”. Lá, comprimidos feitos de farinha são embalados e rotulados como produtos verdadeiros antes de serem distribuídos em nome da fundação.
Para manter o esquema funcionando, Feretti conta com uma equipe de confiança. Vicente (Marcello Escorel) é o responsável pela produção dos falsos remédios, enquanto Macedo (Rodrigo Garcia) e Edilberto (Júlio Rocha) cuidam da segurança e do transporte do dinheiro sujo. A engrenagem criminosa funciona com precisão, mantendo a aparência de uma instituição humanitária respeitável. O público, no entanto, verá que o lucro sujo do vilão é meticulosamente guardado longe dos olhos da lei — dentro da própria mansão de Arminda (Grazi Massafera).
Arminda é parte do esquema de Feretti
Arminda, viúva de Rogério (Eduardo Moscovis), é uma peça fundamental nesse jogo. Amante de Feretti há anos, ela o ajuda a esconder o dinheiro dentro da escultura das “Três Graças”, uma réplica de mármore avaliada em 1,5 milhão de dólares. A peça, trazida da Itália e mantida trancada em um quarto secreto da mansão, serve como cofre para as sacolas de notas vindas da fundação. O símbolo mitológico das deusas da beleza e da alegria se transforma, na trama, em um ícone da corrupção e da decadência moral.
A farsa começa a desmoronar quando Gerluce (Sophie Charlotte), funcionária da casa e cuidadora de Josefa (Arlete Salles), passa a desconfiar dos mistérios que envolvem a escultura e o comportamento de Arminda. Atenta, ela escuta uma conversa entre a patroa e Feretti e começa a juntar as peças do quebra-cabeça. A descoberta colocará a vida da protagonista em perigo, mas também marcará o início de sua jornada por justiça. A partir desse ponto, Gerluce se tornará o elo entre os crimes do passado e a verdade que ameaça vir à tona.
