Durante sua participação no Altas Horas deste sábado (18), Débora Bloch refletiu sobre a repercussão de sua personagem Odete Roitman no remake de Vale Tudo, exibido pela Globo. A atriz comentou que ficou surpresa com a forte torcida do público pela vilã, observando que existe um certo fascínio coletivo por personagens malvados.
Segundo ela, as pessoas se permitem viver essa dualidade por meio da ficção, encontrando uma espécie de catarse ao se identificar com a maldade em um ambiente seguro e distante da realidade. Em um determinado momento, confessou não ter visto a novela original, com a vilã vivida por Beatriz Segall.
Debora Bloch não defende Odete Roitman em Vale Tudo
Mesmo reconhecendo o carisma da personagem, Débora deixou claro que não justifica as atitudes de Odete. Ela afirmou que a empresária é uma mulher autoritária, narcisista e obcecada pelo poder, que acredita poder comprar tudo com dinheiro. Para a atriz, a vilã representa o pior do comportamento humano e reflete questões como o elitismo e o racismo ainda presentes na sociedade.
Débora contou que o público demonstrou grande interesse em ver o destino da personagem, mas a maioria desejava que ela fosse punida. Segundo a artista, pesquisas apontaram que, mesmo admirando Odete, os telespectadores entendiam que ela deveria pagar pelos seus crimes, o que demonstra uma percepção crítica por parte da audiência.
Confissão da atriz sobre novela das nove original da Globo
O ponto mais revelador da entrevista foi quando Débora confessou que chegou a assistir à versão original da novela, mas decidiu interromper. Ela percebeu que isso poderia interferir em sua criação, pois queria construir uma Odete Roitman autêntica, com sua própria essência e nuances.
Determinada a imprimir sua identidade no papel, Débora Bloch explicou que preferiu mergulhar apenas no texto e nas orientações da direção. “Eu vi que não ia me ajudar, porque eu precisava fazer a minha Odete”, confessou.