Atriz de Vale Tudo critica idolatria a Odete Roitman: ‘Já colocamos Odetes na presidência’

Atriz quebrou o silêncio sobre a polêmica cena do “tapa no topete” e traçou paralelos entre a vilã e a política brasileira.

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A atriz Edvana Carvalho, que interpretou a personagem Eunice no remake de Vale Tudo da TV Globo, fez uma análise contundente sobre os temas da novela e sua repercussão social, comparando a idolatria à vilã Odete Roitman com a realidade política do Brasil.

Em conversa exclusiva após uma festa promovida pela autora Manuela Dias, a atriz celebrou o empoderamento feminino e criticou o fascínio do público por figuras moralmente questionáveis.

Carvalho avaliou que o destino de Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch, vai além do que um final tradicional: “Acho que as mulheres foram tão empoderadas nessa novela que matar a Odete não resolveria muita coisa. Ela pode voltar sempre. É uma grande crítica. Mulher é f… Podem tentar nos matar que a gente volta. E voltamos mais fortes que as nossas avós, né?”.

Novela reflete o Vale Tudo da política nacional

Ao ser questionada sobre a admiração de parte do público por Odete Roitman, a atriz não hesitou em traçar um paralelo direto com o cenário político do país. “É triste porque vivemos essa rasura na internet. Idolatramos pessoas que não são ídolos. A Odete representa isso. É importante falar dela porque já colocamos pessoas como Odete dentro da presidência”, afirmou Edvana, em uma clara crítica à elite brasileira.

Edvana Carvalho ainda citou o desfecho do vilão Marco Aurélio, que, mesmo com crimes notórios, teve uma punição branda na trama. “Mostramos Marco Aurélio que tentou matar uma mulher, que roubou o tempo inteiro, com tornozeleira no pé. Não acontece muita coisa pra gente como Odete e Marco Aurélio.” A atriz concluiu que, assim como na ficção, as “Odetes e Marco Aurélios” da vida real continuam impunes: 

Tapa no topete

Na trama, um dos momentos mais comentados foi o confronto explosivo em que Eunice deu um tapa no topete de Odete Roitman após a vilã tentar subornar sua filha. Para Edvana, a ação foi simbólica e poderosa.