Justiça do RS determina leilão de carros de luxo de Nego Di em meio a investigação por rifas ilegais

Veículos serão leiloados após suspeita de fraudes em rifas e crimes financeiros.

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No Rio Grande do Sul, a Justiça autorizou o leilão de dois veículos de luxo apreendidos do humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, e de sua companheira, Gabriela Vicente de Sousa. A medida de alienação antecipada visa evitar a desvalorização ou deterioração dos bens, que estão sob investigação por suspeitas de rifas virtuais ilegais e crimes financeiros.

Os carros – uma RAM Classic Laramie 2022 blindada e uma Range Rover Velar 2.0 P250 R-Dynamic SE 2018 – têm uma avaliação total de R$ 508.851,90 e serão leiloados online em novembro, divididos em dois lotes, nos dias 5 e 12, ambos com início às 14h.

A ação judicial foca em um suposto esquema de rifas virtuais operado pelo casal, que, segundo estimativas do Ministério Público, teria movimentado valores significativos de forma irregular, como em algumas investigações, onde foi relatado uma movimentação financeira de aproximadamente R$ 2,6 milhões em rifas virtuais ilegais.

Investigação sobre rifas e outras acusações

O caso mais notório refere-se a um sorteio fraudulento de um Porsche, avaliado em mais de R$500 mil. Alega-se que o resultado foi manipulado, pois a ganhadora divulgada seria fictícia. O Ministério Público (MP) sustenta que Nego Di teria comprado o número premiado e transferido o veículo antes do término da promoção, conforme declarado pelo órgão.

O influenciador publicou vídeos que supostamente mostram tentativas de contato com a alegada vencedora. No entanto, o telefone dela estaria ligado a diversos outros contatos, o que gerou dúvidas sobre a legitimidade do sorteio. Soma-se a isso a suspeita de que Nego Di utilizava contas bancárias de outras pessoas para movimentar as quantias, buscando esconder a procedência dos fundos.

Humorista também responde por estelionato

O humorista, além de rifas, foi processado por estelionato devido à loja virtual Tadizuera, administrada com Anderson Bonetti. A acusação se refere à não entrega de eletrônicos comprados e pagos. Apesar de ter sido sentenciado a 11 anos e 8 meses de reclusão, ele está em liberdade provisória desde novembro de 2024, sujeitando-se a restrições como a proibição de uso de redes sociais e a obrigação de entregar o passaporte.

Nego Di também enfrentou consequências legais por espalhar desinformação sobre inundações em Canoas e Porto Alegre, o que resultou na ordem de remover os posts e na proibição de novas publicações do tipo, sob pena de multa de R$ 100 mil.