O mistério em torno de quem matou Odete Roitman (Débora Bloch) continua sendo o assunto mais comentado da nova versão de Vale Tudo, escrita por Manuela Dias. A cada capítulo, surgem novas teorias sobre o ângulo do disparo, o motivo do crime e até a possibilidade de que a própria vilã esteja viva.
No entanto, o verdadeiro desafio para o público é encontrar coerência em meio a tantas pistas desencontradas. Desde o início, o remake tem apostado em tramas confusas e mudanças inesperadas que dificultam qualquer tentativa de raciocínio lógico sobre o desfecho, como afirma o colunista Sandro Nascimento, do Na Telinha.
Lógica do assassinato de Odete Roitman em Vale Tudo
Ainda segundo o jornalista, Manuela Dias tenta inovar ao transformar Vale Tudo em um híbrido entre novela e série, misturando o melodrama clássico dos folhetins com a estrutura de suspense das produções seriadas. A proposta é ousada, mas as mudanças de comportamento e motivações dos personagens acabam deixando a narrativa fragmentada.
Sandro Nascimento diz que, em muitos momentos, temas relevantes são tratados de forma tão superficial que perdem força em poucos capítulos. Um exemplo disso é o arco de Renato Filipelli (João Vicente de Castro), que enfrenta um esgotamento profissional, mas cuja história não se desenvolve com a profundidade esperada.
Outro caso é o de Olavo (Ricardo Teodoro), parceiro de César (Cauã Reymond), que de simples fotógrafo passou a ter um passado militar como atirador de elite, algo que surpreendeu o público.
Lógica absurda do assassinato de Odete Roitman
Com tantas reviravoltas, o colunista Sandro Nascimento ironizou que, se até um fotógrafo pode virar sniper, não seria absurdo imaginar Lady Gaga ou Jorge Ben Jor entrando para a lista de suspeitos. Segundo ele, o enredo está tão imprevisível que até o Copacabana Palace poderia se transformar em cenário de investigações.
