A Wepink, marca de beleza e cosméticos fundada por Virginia Fonseca, está no centro de uma ação movida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que acusa a empresa de práticas abusivas contra consumidores. O órgão cita falhas graves, como atraso na entrega de produtos, falta de reembolso e suposta publicidade enganosa.
De acordo com o promotor Élvio Vicente da Silva, milhares de clientes teriam pago por produtos que nunca chegaram, mesmo após meses de espera. Ele destacou ainda que o atendimento da empresa seria ineficiente e incapaz de resolver as queixas. Além disso, a Wepink teria excluído comentários negativos nas redes sociais, o que configuraria tentativa de ocultar reclamações.
Indenização milionária
O MP solicita uma indenização de R$ 5 milhões por danos morais coletivos, valor que deve ser destinado ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor. O órgão também pede indenizações individuais aos clientes prejudicados, além da proibição de novas transmissões ao vivo até que as pendências sejam resolvidas. Entre as exigências estão um canal de atendimento humano com resposta em até 24 horas e devoluções em sete dias, sob multa de R$ 1 mil por descumprimento.
A ação cita ainda os sócios Thiago Stabile e Chaopeng Tan, pedindo que respondam solidariamente com Virginia pelos danos causados. Segundo o MP, eles teriam mantido as vendas e lives promocionais mesmo cientes da falta de estrutura logística, criando um senso artificial de urgência e explorando a vulnerabilidade psicológica dos consumidores.
Advogado da empresa se manifesta
O advogado da Wepink, Felipe de Paula, afirmou que a empresa “não foi citada da ação e ainda não tomou conhecimento dos termos”. A assessoria de Virginia Fonseca ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
