Os telespectadores que estão acompanhando a novela Vale Tudo testemunharão nos próximos capítulos uma nova leva de teorias e suspeitas sobre o assassinato de Odete Roitman (Débora Bloch), que seguem incendiando tanto a trama quanto as redes sociais. Embora a polícia tenha delimitado oficialmente cinco suspeitos — César (Cauã Reymond), Celina (Malu Galli), Heleninha (Paolla Oliveira), Marco Aurélio (Alexandre Nero) e Maria de Fátima (Bella Campos) — o público começa a apostar em uma reviravolta: a de que o verdadeiro assassino não está entre eles.
Tudo ganhou força após uma cena leve e aparentemente cômica exibida na terça-feira (7), que pode ter escondido uma pista crucial. Durante uma conversa entre os moradores de Vila Isabel, os personagens comentavam o crime com humor, apostando quem teria sido o responsável. A sequência foi marcada por um tom de ironia, mas também plantou a semente de uma teoria que agora domina os fóruns de fãs: seria Eugênio (Luis Salem) ou Freitas (Luis Lobianco) o verdadeiro culpado?
A piada que virou pista
O diálogo começa com Jarbas (Leandro Firmino) animando os vizinhos: “Afinal, quem matou Odete Roitman?”. O grupo entra na brincadeira, e Luciano (Licínio Januário) responde que a pergunta deveria ser o oposto: “Quem não queria matar a dona Odete?”. A fala resume o sentimento geral sobre a vilã — odiada por todos, até por quem lhe devia fidelidade. Em meio às risadas, Aldeíde (Karine Teles) solta a frase que despertou a curiosidade dos telespectadores: “Eu acho que foi o mordomo com o candelabro na biblioteca.”
A brincadeira, inspirada em clássicos da literatura e do cinema policial, como Clue (Assassinato por Encomenda), pode ter sido muito mais do que um simples alívio cômico. Para muitos fãs, a fala funciona como uma deixa intencional da autora Manuela Dias, sugerindo que o verdadeiro assassino pode ser um funcionário próximo de Odete, alguém que passaria despercebido pela trama — exatamente como acontece em muitas histórias de mistério.
Freitas e Eugênio entram na mira do público
A teoria ganhou força nas redes sociais assim que a cena foi ao ar. Os internautas resgataram momentos suspeitos envolvendo Freitas, o assistente leal de Odete, e Eugênio, o marido de Celina e funcionário da TCA. Freitas, que ajudou a empresária em várias armações e chegou a receber R$ 300 mil de gratificação, manteve uma relação ambígua com a patroa e protagonizou o último diálogo dela antes do crime. Já Eugênio, sempre próximo da família Roitman e dono de um temperamento contido, poderia ter sido motivado pela revolta ao descobrir as crueldades da empresária com Leonardo (Guilherme Magon).
Segundo Débora Lima, colunista do Notícias da TV, ambos se encaixariam na categoria de personagens subestimados, que transitam pelos bastidores e observam tudo sem levantar suspeitas — exatamente o tipo de perfil ideal para um desfecho surpreendente.
A força das apostas populares
Na própria cena, outros moradores também deram seus palpites. Marieta (Cacá Ottoni) sugeriu que a assassina fosse Celina, enquanto Poliana (Matheus Nachtergaele) apostou em César. Já Luciano acreditou que Maria de Fátima poderia ter atirado, lembrando o ciúme da jovem quando Odete se casou com o ex-modelo. Mas foi a piada de Aldeíde, tratada inicialmente como nonsense, que viralizou e virou símbolo da nova teoria dos fãs — uma espécie de “dica escondida à vista de todos”.
A herança da primeira versão
Curiosamente, na versão original de 1988, o crime também teve um desfecho fora das suspeitas principais: a assassina era Leila (Cássia Kis), que matou Odete por engano, acreditando atirar em Maria de Fátima (Gloria Pires). A ausência de Leila entre os suspeitos oficiais no remake reacendeu o sentimento de que Manuela Dias pode repetir a estrutura e entregar um culpado improvável. Nesse contexto, a fala “foi o mordomo” parece cada vez mais uma provocação aos noveleiros — e um aviso de que o verdadeiro assassino pode estar escondido à vista de todos.
