O artista plástico, médico e crítico de arte César Romero faleceu aos 74 anos, na noite de terça-feira (7), em Salvador. Nascido em Feira de Santana, ele era uma das figuras mais importantes das artes visuais da Bahia, com mais de cinco décadas de atuação. Segundo informações, o artista passou mal em casa e o caso está sob investigação das autoridades locais.
De acordo com a Polícia Civil, vizinhos informaram que Romero estava sendo alimentado por uma cuidadora quando se engasgou. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas as tentativas de reanimação não tiveram sucesso. O caso foi registrado na 14ª Delegacia Territorial da Barra, e a causa oficial da morte será confirmada após a perícia.
Polícia apura suspeita de engasgo
Amigos e colegas de profissão confirmaram o falecimento. O artista José Dirson Argolo relatou que Romero vinha apresentando fragilidade nos últimos dias, mas sem sinais de gravidade. Há suspeita de que o engasgo tenha provocado um aneurisma. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento do artista.
César Romero começou a pintar ainda na adolescência e, aos 17 anos, recebeu seu primeiro prêmio na Exposição Intercolegial de Artes Plásticas. Paralelamente à medicina, construiu uma carreira sólida nas artes, expondo em mostras no Brasil e no exterior. Suas obras exploravam o imaginário nordestino, com referências à cultura popular e à ancestralidade afro-brasileira.
Legado nas artes e na crítica cultural
Romero também se destacou como crítico de arte e curador, escrevendo para jornais e revistas especializadas. Sua produção incluiu pinturas, gravuras, desenhos e fotografias que retratam a identidade cultural da Bahia. Admirado por unir sensibilidade artística e dedicação médica, deixa um legado marcante para as artes visuais brasileiras. A perícia segue em andamento para determinar oficialmente a causa da morte.
