O influenciador digital Júnior Dutra, de 31 anos, faleceu na noite de sexta-feira, 3 de outubro, em decorrência de complicações após um procedimento estético. As dificuldades começaram com problemas que evoluíram para uma grave infecção. Residente em São Paulo e com mais de 120 mil seguidores, Dutra era uma figura conhecida nas redes sociais por seu conteúdo focado em temas como beleza, moda e estilo.
Em março deste ano, Júnior havia se submetido ao procedimento estético conhecido como Fox Eyes, que utiliza fios de PDO para obter um efeito de lifting nos olhos. No entanto, meses depois, em setembro, ele revelou em uma entrevista ao canal Feed TV que havia contraído uma infecção facial.
Procedimento sem cuidado
Dutra alegou que o profissional responsável, Fernando Garbi, teria minimizado os potenciais riscos do procedimento, garantindo que não havia perigo. O influenciador também relatou que tentou buscar auxílio com o profissional após o surgimento da infecção, mas não obteve atendimento. “Assim que eu fiz o procedimento, eu senti como se fosse uma veia estourada do lado esquerdo do rosto. Do lado direito estava tudo ok, mas no esquerdo eu sentia expulsando o fio”, revelou.
O influenciador também afirmou que Garbi teria negado que as dores fossem decorrentes dos fios de PDO, alegando que não eram causados pelo procedimento e chegando a sugerir que ele teria até uma doença de pele.
Processo revela irregularidades
Antes de falecer, o influenciador entrou com um processo contra o profissional responsável pelo tratamento. O inquérito envolvendo Fernando Garbi foi aberto no 15º Distrito Policial de São Paulo e encaminhado à Justiça. No processo, o mineiro relatou que o odontologista se apresentava como especialista em cirurgia da face, mas se recusou a fornecer seu prontuário médico quando solicitado. Posteriormente, apresentou um documento irregular, registrado com CRO em vez de CRM, demonstrando que não possuía a qualificação médica que alegava.
De acordo com a denúncia, Garbi teria cometido práticas que configuram exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, lesão corporal grave, estelionato, publicidade enganosa e responsabilidade solidária da clínica. As informações são do Portal LeoDias.
