Berta Loran, ex-atriz da Globo e ícone da comédia brasileira, faleceu nesta segunda-feira (29), aos 99 anos. Reconhecida nacionalmente por suas atuações em A Escolinha do Professor Raimundo (1990-1995) e Zorra Total (1999-2015), ela deixou um legado marcante no humor.
A artista estava internada há alguns meses em um hospital particular no Rio de Janeiro, mas a causa da morte não foi informada pela família. Sua trajetória é lembrada como uma das mais importantes da televisão e do teatro no país.
Berta Loran foi sobrevivente do Holocausto
Nascida em Varsóvia, na Polônia, Berta Loran veio ao Brasil ainda criança, acompanhada pela família judia que fugia da perseguição nazista durante o Holocausto. Essa mudança transformou não apenas seu destino pessoal, mas também a história do humor nacional, já que foi no Brasil que a atriz construiu toda sua carreira e conquistou o público com sua irreverência.
No Rio de Janeiro, ela descobriu sua vocação artística e começou a se apresentar ao lado da irmã em clubes frequentados pela comunidade judaica. Formando a dupla Berta e Bela Ais, iniciou um caminho que logo a levaria ao reconhecimento. Com carisma e talento, passou a se destacar nos palcos, chamando a atenção de produtores e diretores da época.
Sucesso de atriz em humorísticos da Globo
O sucesso definitivo aconteceu na década de 1950, quando Berta ingressou no teatro de revista, gênero muito popular no período. Sua presença cênica, aliada ao humor afiado, abriu portas para que fosse chamada a integrar elencos televisivos de destaque. Foi nesse momento que consolidou sua imagem de comediante versátil e querida pelo público.
Na televisão, marcou gerações em programas como Balança, Mas Não Cai (1968), além das inesquecíveis participações em Escolinha do Professor Raimundo e Zorra Total. Com personagens icônicos e bordões que entraram para a cultura popular, Berta Loran se tornou referência do humor brasileiro, deixando uma contribuição inestimável para a história da teledramaturgia.
