O humorista Cristiano Pereira da Silva, conhecido pelo público por interpretar o personagem Jorge da Borracharia no programa A Praça é Nossa, do SBT, foi condenado pela Justiça do Rio Grande do Sul a cumprir uma pena de 18 anos, quatro meses e quinze dias em regime inicial fechado.
A acusação contra ele é de estupro de vulnerável, crime cometido contra a própria filha, nascida em 2016. O caso veio a público após decisão da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça gaúcho, confirmada e noticiada pelo portal Leo Dias. A defesa do ator, no entanto, insiste na tese de que ele seria vítima de alienação parental.
Detalhes do processo
De acordo com informações apresentadas no processo, a criança é fruto de um relacionamento passageiro que Cristiano manteve com uma amiga de longa data. Embora fosse pai biológico, o humorista nunca teria assumido de forma efetiva a filha, tampouco mantido convivência regular.
A aproximação entre os dois teria ocorrido apenas por insistência da mãe. Foi nesse contexto que surgiram suspeitas de abuso, quando a mãe percebeu comportamentos que considerou sinais de violência após uma visita da menina ao comediante.
Diante da gravidade das suspeitas, um boletim de ocorrência foi registrado e a vítima foi submetida a exame de corpo de delito, procedimento fundamental para dar início às investigações formais. A partir desse ponto, instaurou-se um processo criminal que corre em segredo de justiça, paralelo a uma disputa de guarda na 6ª Vara de Família de Porto Alegre. Como medida de proteção, a Justiça determinou que qualquer contato entre pai e filha ocorresse de forma assistida, visando preservar a integridade da criança.
Defesa de Cris Pereira se manifestou
A defesa do humorista tenta reverter a narrativa apresentada pela acusação. Os advogados sustentam que a denúncia teria sido fruto de uma tentativa de alienação parental e chegaram a entrar com pedido de inversão de guarda. Mesmo assim, a decisão judicial foi dura e determinou a condenação. Cristiano Pereira segue negando qualquer crime e reforça que está sendo vítima de uma acusação sem fundamento. A advogada da vítima, Aline Rübenich, destacou que as provas foram suficientes para sustentar a decisão e garantir a proteção da criança.
