Tetraplégica, repórter da Globo vive experiência com exoesqueleto: ‘abraçar o meu filho de pé pela 1ª vez’

Flávia Cintra fez uso do exoesqueleto para reportagem do Fantástico sobre trabalho de pesquisadores da UFRJ.

PUBLICIDADE

O Fantástico levou ao ar uma reportagem tocante e emocionante neste domingo (15). A matéria teve a repórter Flávia Cintra como personagem principal após uma notícia vinda de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que repercutiu nesta semana.

Os pesquisadores estão há mais de duas décadas estudando uma proteína que pode mudar o futuro de pacientes com lesão na medula espinhal. A substância, chamada polilaminina, foi desenvolvida a partir da placenta humana e representa uma possibilidade inédita de estimular a regeneração de nervos. O avanço ganha relevância porque, até hoje, não existe tratamento capaz de reverter totalmente esse tipo de dano.

Detalhes sobre o estudo

O composto é inspirado na laminina, proteína que está presente no desenvolvimento embrionário e que auxilia na formação das conexões entre neurônios. Ao recriar essa substância em laboratório, os cientistas buscam reproduzir o ambiente favorável que o corpo humano apresenta na fase inicial da vida, permitindo que os nervos encontrem novas rotas de comunicação.

A proposta é aplicar a polilaminina diretamente no local da lesão, de modo a induzir o sistema nervoso a recuperar parte de suas funções. Caso os resultados se confirmem em testes mais avançados, essa proteína pode representar uma revolução para milhares de pessoas que hoje convivem com a limitação de movimentos, devolvendo esperança de reabilitação.

Flávia Cintra abraça o filho

Usando um exoesqueleto, Flávia Cintra ficou em pé pela primeira vez 32 anos depois do acidente e pôde abraçar o filho de 18 anos. “Eu pude abraçar o meu filho de pé pela primeira vez e ele já era mais alto do que eu”, disse Flávia. O estudo de pesquisadores da UFRJ acende uma luz de esperança para que no futuro não seja necessário o exoesqueleto para que uma pessoa tetraplégica fique de pé.