William Bonner mostra no JN uma das descobertas mais incríveis de cientistas brasileiros

Telejornal da Globo mostrou resultado de trabalho que vem sendo desenvolvido há mais de duas décadas.

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O ambiente político está agitado no Brasil, mas no Jornal Nacional desta terça-feira (9), William Bonner levou ao ar uma notícia sobre ciência que enche o brasileiro de esperança. Pesquisadores brasileiros anunciaram os resultados de um estudo que vem sendo desenvolvido há mais de duas décadas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O trabalho envolve a utilização da polilaminina, uma proteína obtida a partir da placenta humana, no tratamento de lesões na medula espinhal. Durante a fase experimental, o composto permitiu a recuperação parcial de movimentos em cães e em pacientes que sofreram acidentes graves.

Beneficiário da descoberta

Entre os beneficiados está Bruno Drummond de Freitas, que em 2018 ficou tetraplégico após um acidente de carro. Poucos dias depois, ainda durante a internação, ele conseguiu mover o dedão do pé, o que representou o primeiro resultado prático do estudo em humanos.

A pesquisa é liderada pela professora Tatiana Sampaio e se baseia na recriação da rede de laminina que, na fase embrionária, auxilia na comunicação entre neurônios. Ao ser aplicada diretamente na área lesionada, a proteína permite a formação de novos caminhos para a transmissão de impulsos elétricos. O neurocirurgião Marco Aurélio de Lima destacou que esse é um resultado inédito no mundo e pode abrir caminho para novas terapias.

Resultado dos testes iniciais em oito pacientes

Nos testes iniciais, oito pacientes receberam a aplicação do medicamento. Seis deles apresentaram algum grau de melhora motora, como a recuperação de movimentos nas pernas ou nos braços. Casos como o da artesã Nilma Palmeira, que voltou a ficar em pé após o diagnóstico inicial de que não teria essa chance, reforçam o impacto do tratamento.

Atualmente, os pesquisadores aguardam autorização da Anvisa para a realização de novos testes clínicos em larga escala. A agência avalia dados complementares de segurança antes de liberar a fase seguinte. Enquanto isso, os primeiros pacientes continuam sendo acompanhados e celebram ganhos de independência que até então pareciam impossíveis.