Há 27 anos, Carlos Massa, o Ratinho, estreava no SBT após deixar a Record em um momento de enorme projeção. No fim dos anos 1990, ele era considerado o maior representante do chamado “mundo-cão” na TV brasileira, estilo marcado por matérias policiais e apelo popular, que garantiu altos índices de audiência.
Na época, o apresentador, hoje com 69 anos e 33 de carreira, fazia o movimento contrário ao de Eliana: enquanto ela deixava a emissora de Silvio Santos rumo ao canal de Edir Macedo, Ratinho assinava com o SBT.
Ratinho fez sucesso em estreia no SBT
Sua estreia aconteceu em 8 de setembro de 1998, com o Programa do Ratinho. O sucesso foi imediato: em apenas três meses no ar, a atração já figurava entre os programas mais comentados da TV. No entanto, no fim daquele mesmo ano, o comunicador se viu envolvido no episódio mais polêmico de sua trajetória.
O caso em questão foi o sequestro de Wellington Camargo, irmão da dupla Zezé Di Camargo & Luciano, que havia sido levado por criminosos em Goiás. Com a intenção de ajudar, Ratinho utilizou seu programa para propor uma arrecadação de dinheiro por meio de ligações telefônicas, alegando que o montante poderia contribuir com o pagamento do resgate.
Ratinho fala sobre maior arrependimento na carreira
A iniciativa de Ratinho, contudo, acabou atrapalhando as negociações com os sequestradores e causou desconforto na família Camargo. Wellington só seria liberado em março de 1999, após mais de 90 dias de cativeiro.
O episódio voltou à tona no documentário Ratinho Sem Filtro, lançado nesta quarta-feira (04) pelo SBT. Nele, o apresentador reconhece que errou ao tentar intervir e lamentou o ocorrido: “O Zezé e o Luciano, principalmente o Luciano, ficaram ofendidos. Eu fiquei com medo, mas eu devia ter ficado quieto. Foi um erro. Eu pedi desculpas e ficou tudo certo depois”.
