A Globo apostou em trazer novamente o público infantil para as novelas com Êta Mundo Melhor! e transformou essa decisão em uma de suas principais estratégias para a faixa das seis. A trama de Walcyr Carrasco não se restringe apenas ao orfanato.
Candinho (Sergio Guizé) divide momentos com Picolé (Isaac Amendoim), enquanto Estela (Larissa Manoela) tem uma irmã, Anabela (Isabelly Carvalho). Além disso, a emissora prepara a série animada As Aventuras de Candinho e Policarpo, com episódios curtos no Globoplay, pensando especialmente nas crianças.
Estratégia se tornou erro em Êta Mundo Melhor!
Segundo Daniel Farad, do Notícias da TV, no papel, a estratégia parecia perfeita: criar identificação dos pequenos com os personagens e fidelizar um público que pode acompanhar a teledramaturgia no futuro. A Globo deixou claro que enxerga esse movimento como um investimento a longo prazo, acreditando que o telespectador mirim de hoje se tornará o noveleiro de amanhã.
No entanto, na prática, a iniciativa não trouxe os resultados esperados. O público fiel de Êta Mundo Melhor! não é composto majoritariamente por crianças, e sim por adultos e idosos que acompanham a novela diariamente. A TV aberta, de forma geral, envelhece junto com seu público histórico, e essa realidade não pode ser ignorada.
Os dados de audiência confirmam a dificuldade: as novelas já não alcançam novas gerações como antes, e o foco excessivo no público infantil acabou desviando a trama de quem realmente assiste.
Erro na novela das seis da Globo
O que parecia ser o maior acerto de Êta Mundo Melhor! — atrair crianças — acabou se tornando um erro estratégico. A Globo precisará ajustar seu plano para que a novela mantenha relevância sem perder os espectadores tradicionais, equilibrando inovação e fidelidade do público.
