Os telespectadores que estão acompanhando a novela Vale Tudo puderam contemplar no capítulo da última quarta-feira (03) uma cena inesperada envolvendo Odete Roitman (Débora Bloch).
A vilã, conhecida por sua frieza implacável, deixou transparecer um lado vulnerável ao se ver sozinha com Leonardo (Guilherme Magon), o filho que mantém escondido após o acidente que o deixou com graves sequelas.
O ato falho de Odete Roitman
Até aqui, a personagem foi retratada como alguém incapaz de demonstrar afeto. No entanto, ao encontrar Leonardo abandonado por Ana Clara (Samantha Jones), ela chegou a cogitar lhe oferecer um copo de água. Mais do que um gesto de cuidado, a cena funcionou como um “ato falho”, revelando um traço de humanidade recalcado e indícios de uma culpa que sempre tentou mascarar.
A situação ficou ainda mais intensa após Leonardo a reconhecer. Em pânico, Odete reagiu de forma descontrolada, atribuindo a responsabilidade do acidente à filha Heleninha (Paolla Oliveira) e até ao próprio rapaz, em um discurso apressado que soou como uma confissão involuntária. Esse rompimento de sua máscara de poder absoluto expõe fragilidades que a vilã passa a lutar para ocultar.
Gesto de Odete é uma confissão de culpa involuntária
A novela insere um elemento psicológico marcante: a quebra da imagem de onipotência de Odete. O gesto de acolhimento a Leonardo, ainda que breve e quase inconsciente, unido às palavras ditas em desespero, evidencia que sua crueldade convive com medos e inseguranças.
“Eu não tive culpa, a culpa foi da sua irmã! A culpa foi sua, que deixou ela dirigir. Você pode lembrar, mas você não tem como provar!“, disse a vilã, quase expondo a culpa que sente. Segundo a redação do Notícias da TV, essa abordagem amplia a complexidade da personagem, mostrando que até mesmo a maior vilã pode revelar rachaduras emocionais quando confrontada com os fantasmas de seu passado.
A cena, portanto, não apenas aprofunda a relação conflituosa de Odete com os filhos, mas também prepara o terreno para os desdobramentos finais da trama, em que sua queda não será apenas social e política, mas também íntima e emocional.
