Candinho (Sergio Guizé) foi o grande destaque de Êta Mundo Bom! (2016), conquistando o público com sua pureza e bom coração. No entanto, em Êta Mundo Melhor!, a nova fase da história tem deixado muitos telespectadores insatisfeitos. O personagem aparece praticamente idêntico, como se os anos e todas as tragédias não tivessem deixado nenhuma marca em sua trajetória.
Aquilo que antes era visto como inocência encantadora agora soa como ingenuidade excessiva, destoando do peso dramático que a trama exige. Apesar disso, Sergio Guizé continua carismático e entrega emoção verdadeira, mesmo em momentos pouco convincentes.
Deslizes envolvem o protagonista de Êta Mundo Melhor!
Assim como acontece em Vale Tudo, remake que a Globo exibe às nove, Êta Mundo Melhor! também tem cometido deslizes que incomodam os fãs mais atentos. Enquanto a novela das 21h sofre críticas por erros técnicos e falta de cuidado na finalização, a trama das seis peca na evolução de seu protagonista.
Em ambas as produções, o público cobra mais consistência e atenção aos detalhes, já que as expectativas em torno das novelas da emissora são sempre altas. No caso de Candinho, o maior problema é a estagnação.
O personagem não demonstra amadurecimento diante das dificuldades que enfrentou e permanece com a mesma visão simplista de antes. Para muitos, ele deveria ter absorvido lições importantes com as decepções e desafios da vida.
Personagem principal sem propósito na novela das seis da Globo
Outro ponto que gera incômodo é o fato de Candinho ter se transformado em um herdeiro ocioso. Ele não busca um propósito profissional, não trabalha e vive apenas em função de encontrar o filho perdido. Fora isso, sua rotina se resume a paquerar Dita (Jeniffer Nascimento), interagir com o burro Policarpo e repetir frases de otimismo. O roteiro ainda insiste em colocá-lo constantemente como alvo fácil das armações alheias, o que reforça a sensação de estagnação.