Globo confirma saída de William Bonner do Jornal Nacional; data do último ‘boa noite’ foi anunciada

Após quase três décadas, o jornalista deixa a bancada do telejornal mais assistido do Brasil e assume novo desafio na emissora.

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A TV Globo confirmou nesta segunda-feira (1º) a saída de William Bonner da bancada do Jornal Nacional. Após 29 anos à frente do telejornal mais assistido do país, o jornalista e editor-chefe passará o bastão para César Tralli ainda em 2025.  

A despedida de Bonner está marcada para a edição de 3 de novembro. A data coincide com a celebração de 56 anos do Jornal Nacional, marcando um momento simbólico para a emissora e para a história do telejornalismo brasileiro.

A transição de Bonner representa o fim de uma era.  Ele assumiu a bancada do JN em abril de 1996,  inicialmente ao lado de Lillian Witte Fibe.  Ao longo dos anos, dividiu a apresentação com Fátima Bernardes, Patrícia Poeta e, desde 2014, com Renata Vasconcellos.  Sua trajetória no telejornal foi marcada pela cobertura de importantes acontecimentos nacionais e internacionais, consolidando-o como um dos principais nomes do jornalismo brasileiro.

Novo desafio: Globo Repórter

Apesar da saída do Jornal Nacional, Bonner não se despede da TV Globo. O jornalista assumirá o comando do Globo Repórter, programa tradicional das noites de sexta-feira. A mudança representa um novo desafio na carreira de Bonner, que agora se dedicará a um formato jornalístico diferente, com foco em reportagens especiais e investigações.

Um legado de coberturas históricas

Durante sua passagem pelo JN, Bonner esteve à frente de transmissões históricas, como a cobertura dos atentados de 11 de setembro de 2001, que rendeu ao telejornal uma indicação ao Prêmio Emmy Internacional.  Também conduziu edições marcantes como a que noticiou o falecimento do jornalista Tim Lopes, em 2002, e cobriu eventos de grande impacto como as enchentes em Santa Catarina em 2008, o acidente da TAM em Congonhas em 2007, o incêndio na boate Kiss em 2013 e a tragédia climática no Rio Grande do Sul em 2024.  Além disso, comandou o JN em coberturas internacionais como a Copa do Mundo de 1998, na França, e o velório do papa João Paulo II, em Roma.

Embora não complete três décadas no comando do Jornal Nacional, Bonner se despede com o título de apresentador com o maior período contínuo à frente do telejornal, superando o recorde anterior de Cid Moreira, que esteve na bancada entre 1969 e 1996.  César Tralli, atual apresentador do Jornal Hoje e da Edição das 18h da GloboNews, assume a responsabilidade de dar continuidade ao legado do JN.