O escritor Luis Fernando Veríssimo morreu neste sábado (30), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, aos 88 anos. Ele estava internado na UTI do Hospital Moinhos de Vento havia cerca de três semanas, tratando um quadro de pneumonia. A morte foi confirmada por familiares e causa grande comoção no meio literário e cultural brasileiro.
Veríssimo enfrentava problemas de saúde nos últimos anos. Diagnosticado com Parkinson, ele também passou por dificuldades cardíacas e implantou um marcapasso em 2016. Em 2021, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), que comprometeu suas funções motoras e de comunicação, segundo informações da família. Apesar das limitações, permaneceu como referência no cenário literário nacional.
Trajetória
Autor de crônicas, contos, romances e textos de humor, Veríssimo foi um dos escritores mais lidos do país, marcado pelo estilo leve e pela ironia refinada. Filho do também escritor Érico Veríssimo, ele costumava dizer que herdou do pai a informalidade na escrita. Sua obra, publicada em jornais e livros, atravessou gerações e retratou com inteligência aspectos do cotidiano e da política brasileira.
O escritor deixa a esposa, Lúcia Helena Massa, com quem foi casado por mais de 50 anos, além de três filhos e dois netos. Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento, que devem ocorrer em Porto Alegre, sua cidade natal. A expectativa é de que amigos, familiares, admiradores e autoridades prestem homenagens ao autor.
Legado
Luis Fernando Veríssimo deixa um legado inestimável para a literatura brasileira. Sua morte encerra uma trajetória de humor, crítica social e observações perspicazes sobre a vida, mas suas palavras seguem vivas na memória dos leitores. A despedida de um dos maiores cronistas do Brasil marca o fim de uma era, mas reafirma o impacto duradouro de sua obra no imaginário nacional.
