A disputa judicial entre a cantora Jojo Todynho e sua vizinha, Amanda Fróes, chegou ao fim de forma inesperada. A juíza responsável pelo caso decidiu extinguir a ação sem julgamento do mérito, após a ausência de Amanda em uma audiência realizada no dia 12 de agosto. O processo, que tramitava em um juizado especial, solicitava uma indenização de R$ 50 mil por danos morais.
A polêmica teve início em abril deste ano, após Amanda Fróes declarar à coluna Fábia Oliveira, do portal Metrópoles, que não tinha interesse em cumprimentar a cantora, caso se encontrassem no condomínio de luxo onde ambas residem. A declaração foi motivada por críticas de Amanda à postura de Jojo em relação aos direitos da comunidade LGBT. Em resposta, Jojo Todynho teria proferido ofensas contra a vizinha, chamando-a de “vagabunda” e “demônia”, segundo a publicação.
Audiência decisiva encerra o processo
A ausência de Amanda Fróes na audiência do dia 12 foi o fator determinante para o encerramento do processo. Jojo Todynho compareceu ao encontro acompanhada de seu advogado, assim como a representante legal de Amanda. A juíza baseou sua decisão em um artigo da legislação que prevê a extinção da ação em juizados especiais caso o autor falte a uma das audiências.
Antes da audiência, Amanda Fróes havia apresentado três petições à Justiça, solicitando participação por videoconferência e o reagendamento para outubro, justificando sua ausência por estar fora do país em outra residência. No entanto, os pedidos foram negados, levando ao encerramento precoce do processo.
Relembre o caso e as acusações
Na ação judicial, Amanda Fróes alegou que as declarações de Jojo Todynho foram descontroladas e demonstraram má-fé e intolerância. A vizinha argumentou que a cantora, com milhões de seguidores, abusou da liberdade de expressão com a intenção de humilhá-la e ridicularizá-la. O episódio, segundo Amanda, teve grandes proporções, comprometendo sua dignidade e integridade moral.
Amanda também afirmou que as ofensas de Jojo Todynho atingiram sua honra, identidade de gênero e condição humana, e que tais ofensas, especialmente vindas de uma figura pública com grande influência, não deveriam ser toleradas. Ela se declarou vítima de um linchamento moral digital de alta gravidade e um ataque direto à sua dignidade como mulher trans, classificando as falas da cantora como parte de um contexto público e de natureza preconceituosa. Com a extinção do processo, o mérito das acusações não foi avaliado pela Justiça.
