As investigações do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Civil da Paraíba expuseram detalhes perturbadores sobre a vida de adolescentes que viviam na mansão de Hytalo Santos, em João Pessoa. Relatos de ex-funcionários apontam que os jovens eram tratados como se fossem propriedade, sem autonomia sequer para decidir quando comer ou dormir. Até o uso de celulares era rigidamente controlado pelo influenciador.
De acordo com depoimentos e ex-funcionários ao Fantástico, crianças eram filmadas fingindo ir à escola, mas logo depois das câmeras serem desligadas, elas não iam para a unidade escolar para atender a agenda de gravações e eventos. Os estudos eram sistematicamente prejudicados, com faltas e atrasos frequentes.
Festas e consumo de álcool
Os ex-funcionários também denunciaram festas constantes na casa de Hytalo, onde bebidas alcoólicas eram liberadas livremente para adolescentes. Segundo testemunhas, não havia restrição no consumo, e todos participavam desses eventos sem qualquer tipo de fiscalização.
Os ambientes da mansão foram descritos como sujos, e a alimentação era controlada ao ponto de os jovens dependerem de autorização para se servir.
Adolescente grávida expõe drama ainda maior
Um dos episódios graves apurados pela investigação foi a gravidez de uma adolescente que vivia na mansão, mas acabou perdendo o bebê. Segundo o Ministério Público, os depoimentos reunidos já configuram provas robustas para sustentar as acusações contra o influenciador. Hytalo Santos e Israel Nata Vicente, seu marido, estão presos desde sexta-feira (15).
