Em uma entrevista ao Fantástico, conduzida pela jornalista Poliana Abritta, Gilberto Gil falou sobre a profunda dor que sentiu ao perder seu filho, o baterista Pedro Gil, vítima de um acidente de carro em 1990, aos 19 anos. Durante a conversa, o cantor refletiu sobre a experiência do luto, especialmente após a morte recente de sua filha Preta Gil, em julho, ressaltando a complexidade de enfrentar perdas tão dolorosas.
Gilberto relembrou que a perda de Pedro foi um choque brutal para a família, já que o jovem seguia a trajetória musical do pai como baterista da banda Egotrip. O acidente aconteceu quando Pedro voltava de São Paulo para o Rio de Janeiro e seu carro capotou na Lagoa Rodrigo de Freitas. Essa tragédia trouxe uma sensação de inversão da ordem natural da vida para Gil.
Gilberto Gil conta sobre a dificuldade em aceitar
O cantor expressou a dificuldade de aceitar que, muitas vezes, os pais acabam enterrando seus filhos, um cenário que ele classificou como “esquisito” e doloroso. Gilberto compartilhou que, em momentos de luto, sentiu como se estivesse reclamando da injustiça dessa situação.
Ele destacou que, normalmente, espera-se que os filhos sigam os pais, mas quando isso se inverte, a experiência do luto torna-se ainda mais intensa e complexa. Essa reflexão reforça a luta interna do artista diante de perdas que desafiam a ordem natural das coisas.
Perdas deixaram marcas profundas
Por fim, Gilberto Gil ressaltou que essas perdas marcaram profundamente sua vida, deixando marcas que ultrapassam o âmbito pessoal e reverberam na sua obra e na forma como encara a existência.
