Gilberto Gil concedeu ao Fantástico neste último domingo (10), a primeira entrevista após a morte de Preta Gil. Em conversa com Poliana Abritta, o músico falou sobre como está enfrentando a perda e explicou por que sugeriu à filha que parasse de lutar caso o tratamento se tornasse muito difícil.
Gil destacou que a família ainda está se adaptando à ausência e que Preta sempre foi intensa e cheia de vida. O cantor relembrou que a filha enfrentou um sofrimento prolongado durante quase três anos de tratamento contra o câncer. Segundo ele, apesar da dor, existe um certo alívio em saber que o sofrimento dela chegou ao fim.
O cantor também comparou a perda de Preta à morte trágica de seu filho Pedro, em 1990, e ressaltou que, desta vez, houve tempo para se preparar emocionalmente. Ele disse que desde o início o diagnóstico era severo e as chances de cura eram pequenas.
Legado e luta pela vida
O ex-ministro da Cultura mencionou que o apoio do público tem ajudado a família a lidar com o luto. Ele afirmou que Preta, como figura pública, deixou um grande vazio, mas também um legado importante.
Gilberto Gil contou ainda que a cantora foi persistente até o fim, inclusive buscando tratamento experimental nos Estados Unidos quando as alternativas no Brasil se esgotaram. Ele ressaltou que essa determinação inspirava todos ao redor e reforçava o compromisso da família em apoiá-la.
Preta Gil encarou o tratamento com esperança
O artista destacou que a filha encarou cada fase da doença com empenho e esperança. Mesmo diante de um cenário difícil, Preta manteve o entusiasmo e buscou caminhos que pudessem prolongar sua vida.
Questionado sobre a última conversa com Preta, Gil disse que não sabia que seria o momento final. Ele explicou que suas interações sempre abordavam família, amigos e assuntos do cotidiano, sem a certeza de despedida. Para ele, o mistério da vida permanecia tão intenso quanto o da morte.
