O corpo do sambista Arlindo Cruz, um dos ícones da música brasileira, foi sepultado neste domingo (10) em uma cerimônia íntima no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Rio de Janeiro.
O enterro, restrito a familiares e amigos próximos, encerrou um ciclo de homenagens que refletiu a essência do artista: uma vida dedicada à música e à alegria.
O velório, que aconteceu na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, reuniu centenas de pessoas desde a noite de sábado (9). O local se tornou palco de uma verdadeira celebração, com batucada e cantos que ecoaram o legado musical de Arlindo.
Batucada em homenagem ao mestre
Arlindinho, filho do sambista, emocionou a todos ao tocar cavaquinho e entoar clássicos do pai, como O Show Tem Que Continuar. A despedida seguiu o desejo da família de que o adeus fosse tão vibrante quanto a vida de Arlindo. “Meu pai, até na hora de partir, foi ensinamento”, declarou Arlindinho, ressaltando a força e a perseverança do pai.
Uma celebração do legado
Babi Cruz, viúva do artista, e a filha Flora Cruz, foram amparadas pela família durante momentos de intensa emoção. O ritual de despedida seguiu a tradição do gurufim, de religiões de matriz africana, que celebra a vida com música e dança. Para a cerimônia, a família pediu que todos vestissem roupas claras, simbolizando a luz e a energia de Arlindo Cruz, que, segundo eles, estará sempre vivo através de sua obra e de seus ensinamentos.
O adeus a Arlindo Cruz não foi apenas uma despedida, mas uma celebração de sua contribuição inestimável à cultura do samba.
