O Brasil se despediu nesta sexta-feira (8) de um de seus maiores sambistas. Arlindo Cruz, cantor, compositor e multi-instrumentista, morreu aos 66 anos, no Rio de Janeiro, após anos enfrentando complicações causadas por um AVC hemorrágico sofrido em 2017.
Desde então, o artista vivia longe dos palcos, sob os cuidados da família e com internações frequentes. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. Considerado por muitos como o sambista perfeito, Arlindo era um símbolo de musicalidade e resistência cultural.
Herança
Arlindo Cruz deixa patrimônio de cerca de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões, de acordo com a Folha Econômica. Além da esposa, Babi Cruz, e dos dois filhos que teve no casamento com ela, Arlindo também deixa um filho fora do casamento.
Kauan Felipe foi reconhecido como filho por Arlindo Cruz e terá direito à herança. Babi Cruz, inclusive, perdoou Arlindo pela traição. Em 2023, chegou a haver um atrito entre Kauan e Babi por causa da administração dos bens do sambista em meio às idas e vindas dele ao hospital.

Carreira de Arlindo Cruz
Arlindo ficou conhecido nacionalmente ao integrar o grupo Fundo de Quintal, onde passou 12 anos e marcou gerações com sucessos como “Castelo de Cera” e “O Mapa da Mina”. Sua carreira solo foi igualmente bem-sucedida, com mais de 550 músicas gravadas por grandes nomes da música brasileira. Zeca Pagodinho, Alcione e Beth Carvalho foram apenas alguns dos artistas que ajudaram a eternizar suas canções.
Apesar do afastamento dos palcos após o AVC, o nome de Arlindo Cruz jamais saiu da memória dos fãs. Seu filho, Arlindinho, assumiu a missão de manter vivo o legado do pai, enquanto escolas de samba e artistas seguiam prestando homenagens. Em 2023, o Império Serrano, escola de coração do sambista, o homenageou com um enredo emocionado no carnaval carioca.
