Na Missa de Sétimo Dia de Preta Gil, realizada nesta segunda-feira (28), na Paróquia Santa Mônica, no Rio de Janeiro, Gilberto Gil emocionou ao compartilhar memórias da última conversa com a filha, que morreu aos 50 anos, vítima de um câncer no intestino.
Em entrevista à repórter Monique Arruda, do portal LeoDias, o cantor falou com serenidade e ternura sobre os momentos finais que viveu com Preta ainda em São Paulo, antes de ela partir para os Estados Unidos, onde concluiu seu tratamento.
“Conversamos muito aqui, brincamos… Enfim, fizemos troca das coisas alegres e engraçadas da vida, e pronto”, disse Gil, visivelmente tocado. Ele explicou que não esteve com a filha em seus últimos dias fora do país, mas guardou na memória os instantes leves que compartilharam. “Ela sempre teve muito gosto pela vida, por brincar”, destacou o músico.
‘Desde pequena, havia um tom melancólico em seu olhar’, diz Gilberto Gil sobre a filha
Apesar da alegria contagiante que Preta sempre demonstrou, Gilberto Gil revelou um lado mais introspectivo da filha. “Ela era muito alegre, profunda, mas, ao mesmo tempo, sempre teve, desde pequenininha, um certo tom melancólico no olhar”, desabafou.
Durante a cerimônia, marcada por comoção e homenagens, amigos, familiares e ícones da arte brasileira estiveram presentes. O filho da cantora, Francisco Gil, e a madrasta, Flora Gil, representaram a família ao lado do patriarca. Carolina Dieckmann, Marcelo Serrado, Cissa Guimarães e Fernanda Montenegro também marcaram presença na despedida à artista.
Gilberto Gil exalta carinho que Preta recebeu
Em sua fala final, Gilberto Gil resumiu o legado da filha com palavras de afeto e memória: “Ela recebeu tanto carinho. O legado é o que ela fez, é a lembrança dela”.
A Missa de Sétimo Dia de Preta Gil foi mais do que um ritual religioso — foi uma celebração de vida e uma reafirmação do impacto que a cantora teve na cultura brasileira e nos corações de quem a acompanhou.