Marcelo de Carvalho diz que assaltante ‘obviamente’ tinha ‘aparência africana’, é acusado de racismo e age

Vice-presidente da RedeTV! é acusado de racismo após publicação sobre assalto na Europa.

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Marcelo de Carvalho, vice-presidente da RedeTV!, foi alvo de críticas e acusado de racismo após uma publicação feita na rede social X. O empresário comentou que o autor de um assalto, ocorrido em Barcelona contra o irmão de seu filho mais velho, “obviamente” teria “aparência africana”, o que gerou forte reação negativa por parte dos internautas. Diante da repercussão, o apresentador apagou a mensagem, mas retornou pouco depois com uma nova publicação, desta vez com críticas à política migratória na Europa.

A postagem inicial foi classificada por muitos como discriminatória, por associar características físicas a um crime. A nova manifestação de Marcelo de Carvalho, mais longa, manteve o tom crítico à imigração europeia e tentou justificar a declaração anterior como parte de um contexto mais amplo, voltado à segurança pública no continente.

“Obviamente, um sujeito de aparência africana, dos milhões que a Europa deixou entrar, deu uma trombada nele, arrancou o celular e saiu correndo. Ao invés (sic) de salvar os muçulmanos africanos, vão acabar com a Europa”, escreveu, em publicação posteriormente excluída.

Empresário rebate críticas e nega racismo

Após as reações negativas, Marcelo de Carvalho afirmou que as críticas partiram de pessoas que considerou exageradamente sensíveis. Ele negou qualquer intenção discriminatória ao descrever o assaltante, dizendo que fez apenas uma constatação baseada no que, segundo ele, tem sido uma realidade crescente nas principais cidades europeias em função da migração.

O empresário argumentou ainda que ignorar o aumento da criminalidade envolvendo imigrantes pode prejudicar, inclusive, aqueles que migram com boas intenções e tentam se adaptar à cultura local. Na visão dele, a negação desses fatos fortaleceria discursos extremistas e dificultaria o enfrentamento do problema com seriedade.

“Quando se diz que uma pessoa foi assaltada e que, infelizmente, mais uma vez o autor era um migrante africano, isso não é discriminação racial ou étnica. É simplesmente a descrição objetiva de um fato, sustentada por dados, ocorrências policiais e testemunhos”, argumentou.

Detalhes do caso e nova justificativa

Segundo o empresário, caso a pessoa envolvida no assalto tivesse características de outro grupo étnico ou nacionalidade, faria a mesma observação, reiterando que a descrição foi baseada no ocorrido e não motivada por preconceito. “É um sujeito de aparência africana. Poderia ser de aparência japonesa. Poderia ser de aparência eslava, poderia ser de aparência viking”, argumentou.