A seguradora responsável pela aeronave que se acidentou em novembro de 2021, causando a morte da cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas, se pronunciou sobre a polêmica envolvendo a divisão do valor do seguro. De acordo com a empresa, a partilha foi realizada com base em critérios técnicos e mediante consenso entre as partes envolvidas, tendo sido homologada judicialmente.
Com isso, a seguradora afirmou ter cumprido integralmente suas obrigações legais e contratuais. A empresa se isentou de qualquer responsabilidade relacionada à controvérsia sobre a forma como os valores foram distribuídos entre os familiares das vítimas fatais do acidente.
Famílias das vítimas contestaram divisão
A partilha do seguro do avião foi marcada por críticas por parte dos familiares das demais vítimas. Parentes do produtor Henrique Bahia e do piloto Geraldo Medeiros alegaram publicamente que metade do valor total ficou apenas com a família de Marília Mendonça, o que teria gerado um sentimento de injustiça.
Segundo esses familiares, houve tentativas de se negociar uma divisão mais equilibrada entre todos os envolvidos. A ex-companheira de Henrique Bahia, mãe do filho dele, relatou que buscou um acordo direto com Dona Ruth, mãe da cantora, mas teria recebido uma negativa, sendo orientada a recorrer à Justiça para tentar garantir os seus direitos.
Aceitação do acordo teria sido por necessidade
Ainda segundo declarações públicas, representantes das famílias das outras vítimas afirmaram que só aceitaram o acordo por se tratar da única maneira de liberar os valores do seguro. Diante da necessidade financeira e da possibilidade de um longo processo judicial, as famílias teriam decidido assinar o termo. Sem o acordo, o caso poderia se arrastar por anos na Justiça, o que motivou as famílias a aceitar os termos, mesmo discordando da forma como os valores foram distribuídos.
