Se alguém ainda tinha dúvida de que o SBT anda completamente perdido em busca de audiência, basta olhar para o circo que virou a estreia do “No Alvo”. A emissora está tão desesperada para chamar atenção que, minutos antes da estreia, reviveu até a Banheira do Gugu no programa do Ratinho, numa tentativa patética de surfar em nostalgia para ver se cola.
Mas o vexame não parou por aí. O coach Pablo Marçal, o grande “alvo” da estreia, resolveu que não queria mais aparecer e ‘tentou’ impedir o SBT de exibir a entrevista. Disse que revogou a autorização de uso de imagem e até teria corrido atrás de liminar. Só que, sejamos francos: isso tudo fede a marketing barato. Mais uma dessas armações grotescas para gerar manchete e tentar convencer alguém de que o programa é polêmico ou imperdível. Spoiler: não é.
O “No Alvo” foi vendido como o grande momento em que o convidado seria colocado contra a parede. Na prática, é um festival de perguntas chochas, feitas por uma voz de inteligência artificial carregada de drama, como se fosse narrar o fim do mundo. E o entrevistado, então, fala sem parar — mas não diz absolutamente nada.
E quer saber? Eu ainda tinha esperança. Achei que o “No Alvo” pudesse, quem sabe, ser um formato ousado, diferente, algo pra sacudir e repercutir.
Marçal parecia mais um sonífero ambulante. Eu achava, de verdade, que isso ia dar audiência. Tinha alta expectativa. Mas o que se viu foi um programa chato, arrastado e sem qualquer tempero. Aposto que o programa não passa nem do que já está gravado. E, pra falar a verdade, acho essa previsão bem realista.
No fim das contas, o “No Alvo” não serviu pra absolutamente nada além de gerar cortes para as redes sociais do Pablo Marçal. O programa, que prometia expor o convidado e trazer revelações bombásticas, virou só um palco para ele soltar frases prontas e discursos motivacionais, tudo ensaiado para render vídeos curtos no Instagram, no TikTok e sabe-se lá mais onde. Foi menos entrevista e mais um grande comercial pessoal, onde Marçal aproveitou cada segundo para se promover, vender sua imagem e, provavelmente, preparar terreno pra vender algum curso milagroso depois.
Quanto ao SBT, está tão perdido que parece uma emissora em estado de desespero terminal, tentando manter o paciente vivo na base do choque elétrico. Eles lançam programa atrás de programa, sem roteiro sólido, sem planejamento e sem noção do público que querem alcançar. E ainda acham que basta jogar uma voz de IA fazendo drama e uma cenografia bonitinha pra salvar o fiasco.
É surreal imaginar que, em pleno 2025, achar que tentar promover algo alegando notificação extrajudicial para tirar do ar ainda é estratégia de marketing. No fim, sobra só o SBT, preso numa bolha de ideias velhas, acreditando que basta causar barulho pra atrair audiência. Quando, na real, o público quer é conteúdo de verdade, não drama fabricado nem polêmica fake.
E se continuar assim, o único alvo que o SBT vai acertar é o fundo do poço.
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