‘Passagem antes das eleições de 2026’: ao vivo na Band, vidente faz dura previsão para um dos candidatos

Programa ‘Brasil Urgente’ de Minas Gerais veicula fala de sensitivo sobre o futuro de um dos líderes políticos.

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A Rede Bandeirantes, por meio de seu programa ‘Brasil Urgente’ na edição de Minas Gerais, veiculou uma reportagem que incluiu a fala de um sensitivo sobre a previsão de falecimento de um dos líderes políticos, seja o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou o presidente Jair Bolsonaro.

A exibição gerou repercussão e levantou questionamentos sobre a linha editorial e os riscos associados à veiculação de conteúdos dessa natureza em um programa jornalístico. A matéria, que abordou abertamente o tema do fim da vida de uma figura pública, provocou debate sobre a responsabilidade da mídia na apresentação de informações.

A veiculação de tal conteúdo por um canal de televisão aberto, especialmente em um programa com alcance nacional como o ‘Brasil Urgente’, trouxe à tona discussões sobre a fronteira entre o jornalismo factual e a exploração de temas que podem ser considerados sensacionalistas ou não verificáveis.

A presença de um sensitivo abordando um assunto tão delicado e de grande impacto social, como a previsão de falecimento de um chefe de estado ou ex-chefe de estado, pode ser interpretada como uma exposição desnecessária do jornalismo a riscos de credibilidade e de interpretação por parte do público. A reportagem, ao focar nesse aspecto, desviou-se do padrão de notícias baseadas em fatos concretos e análises políticas.

O contexto da polarização política

O episódio na Band ocorre em um cenário de intensa polarização política no Brasil, onde figuras como Lula e Bolsonaro são constantemente alvo de debates e opiniões divergentes. A mídia, nesse contexto, tem sido um palco para diversas manifestações e posicionamentos. Por exemplo, o comentarista político Demétrio Magnoli, da GloboNews, uniu os dois líderes em uma acusação polêmica ao criticar o suposto silêncio de Lula sobre a guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo em que citava Bolsonaro. Essa abordagem, que busca traçar paralelos ou contrastes entre os dois políticos, é comum no cenário midiático atual e reflete a dinâmica da política brasileira.

O sensitivo Rodrigo Tudor, durante sua conversa com William Travassos, não fez meio termo: “Sempre que estou fazendo previsões, está dando uma morte no meio. […] Temos dois nomes. Temos Bolsonaro, Lula, Lula e Bolsonaro”,  o vidente ainda cravou que ‘um dos dois’ fará a passagem ainda antes das eleições de 2026: “antes, antes, é, a qualquer momento”.

A relação entre mídia e figuras políticas

A relação entre a mídia e as figuras políticas é complexa e multifacetada, com momentos de crítica, apoio e até mesmo de proximidade. Um exemplo dessa proximidade foi o vídeo que circulou mostrando a repórter Caiã Messina, da Band Brasília, elogiando o então presidente Jair Bolsonaro antes de uma entrevista em outubro de 2019.

No vídeo, Messina expressava admiração e garantia que Bolsonaro estava “entre amigos”, o que gerou discussões sobre a imparcialidade jornalística e a postura de profissionais da imprensa em relação a figuras políticas. Esse tipo de interação, quando exposta, pode influenciar a percepção pública sobre a objetividade da cobertura jornalística.