O dia em que Padre Marcelo Rossi teve que explicar suposta opinião sobre homossexualismo: ‘Eu nunca diria’

Há 27 anos, o religioso foi alvo de inquérito após supostas declarações no Fantástico, gerando grande repercussão.

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O Padre Marcelo Rossi, figura conhecida no cenário religioso brasileiro, viu seu nome envolvido em uma grande polêmica em 1998, após uma reportagem exibida no programa Fantástico, da TV Globo. Na ocasião, o religioso foi acusado de ter feito declarações discriminatórias contra homossexuais, o que o levou a ser convocado para prestar depoimento no Ministério Público de São Paulo.

A controvérsia iniciou em 22 de novembro de 1998, quando o Fantástico veiculou a reportagem que gerou a acusação. Dias depois, em 28 de dezembro, o Padre Marcelo Rossi era aguardado no Ministério Público para esclarecer as supostas declarações homofóbicas.

Repercussão na época

A notícia ganhou destaque na mídia, com o jornal Folha de S. Paulo noticiando, em novembro daquele ano, que Paulo Tavares Mariante, representante da coordenadoria do Grupo de Ação pela Cidadania Homossexual, teria afirmado que o padre declarou que homossexualismo seria uma doença.

Diante da repercussão e da acusação, o Padre Marcelo Rossi negou veementemente ter proferido tal afirmação. Em entrevista à Folha de S. Paulo em 25 de novembro de 1998, ele declarou: “Eu nunca diria que a homossexualidade é uma doença. Não sou médico, sou padre“.

Forte influência na mídia

A polêmica ocorreu em um período em que o Padre Marcelo Rossi ganhava grande notoriedade, sendo disputado por diversos programas de TV. Sua participação em atrações como o Domingo Legal e o Sem Censura o colocava em evidência, amplificando o alcance de qualquer declaração. A acusação, mesmo negada, gerou um debate significativo sobre a liberdade de expressão e a interpretação de falas públicas, especialmente de figuras com grande influência.