César e Olavo entram para um ramo que virou febre nas redes e zombam dos seus próprios clientes em Vale Tudo

Os dois picaretas passarão a vender bebê reborn nos próximos capítulos da novela das nove da Globo.

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Os telespectadores que estão acompanhando a novela Vale Tudo testemunharão nos próximos capítulos uma das tramas mais inusitadas e inesperadas da nova versão escrita por Manuela Dias. A partir de 3 de junho, o universo dos bebês reborn — bonecos ultrarrealistas que imitam recém-nascidos — será o centro de uma sequência cômica e crítica envolvendo César (Cauã Reymond), Olavo (Ricardo Teodoro) e Aldeíde (Karine Teles).

Com uma pegada que mistura humor, comentário social e bizarrice, o assunto ganha espaço na novela das nove da Globo em pleno auge de sua popularidade nas redes sociais.

César e Olavo zombam de seus clientes

Segundo Carla Bittencourt, colunista do Portal Leo Dias, tudo começa quando César e Olavo descobrem um novo e lucrativo nicho: o comércio clandestino de bebês reborn. Sem qualquer sensibilidade ou limite, a dupla chega ao ponto de encenar um falso parto com direito a bolsa estourando e emoção forjada. “Tá emocionado, Olavo?”, pergunta César ao ver o fotógrafo tocado ao segurar a boneca nos braços. “Acredito que eu tô, cara… Acho que tô meio carente”, responde o parceiro, arrancando gargalhadas da situação absurda.

Ao mesmo tempo que fazem piada com a carência emocional alheia, os dois escancaram preconceito em comentários maldosos sobre as compradoras dos bonecos. “Essas mulheres que compram bebê reborn não batem muito bem, né?”, dispara César. Olavo concorda: “Tudo dodói. Pra querer brincar de boneca nessa altura da vida”. E o bonitão ainda ironiza: “Tem umas com filho criado já e tão aí, brincando que nem criança”. Apesar do deboche, o esquema rende tanto dinheiro que eles começam a negociar os bonecos em clima de contrabando — chegando até a furar fila de açaí fingindo que o reborn é um bebê de verdade.

Aldeíde compra um bebê reborn

É nesse contexto que Aldeíde surge como cliente entusiasmada. A secretária se endivida para comprar uma boneca de César, que vende o brinquedo como se fosse um objeto raro e exclusivo. Apaixonada, ela nomeia a boneca de Amelie e passa a tratá-la como uma filha. “Ah, que linda! Minha bebezinha reborn! Você vai se chamar… Amelie!”, declara emocionada. A personagem leva a boneca para o trabalho, compra enxoval e até combina roupas com ela. Ao ser criticada por Consuêlo (Belize Pombal), Aldeíde rebate com firmeza: “Eu sei que a Amelie é uma boneca. Mas eu gosto de fingir que ela é um bebê. E daí? É a minha vida!

A história, que começa como um alívio cômico, ganha tons mais tocantes quando Aldeíde decide encerrar sua fase de “mãe reborn”. Ao doar a boneca para uma criança, a personagem faz um discurso que emociona: “Tudo nessa vida é fase. A minha passou. Agora eu tenho que abrir espaço pras fases novas”. A trama mistura crítica ao consumismo afetivo, reflexões sobre solidão e o poder das redes em criar modas efêmeras — e, como de costume em Vale Tudo, equilibra drama e ironia com habilidade.