A demissão de um gerente de cafeteria em Joinville, após um vídeo publicado pelo padre Fábio de Melo, gerou indignação por parte do sindicato da categoria. A entidade responsável por representar os trabalhadores em turismo, bares e restaurantes (Sitatuh) publicou uma nota de repúdio, alegando que o funcionário foi dispensado injustamente.
O religioso havia se queixado nas redes sociais de um suposto atendimento arrogante, mas o trabalhador nega que tenha tido qualquer contato direto com ele. Segundo o relato do padre, os preços cobrados na cafeteria Havana não condiziam com os valores exibidos nas prateleiras, o que motivou a publicação do vídeo.
Gerente foi demitido após polêmica
Após a repercussão negativa, a empresa comunicou a demissão do gerente, dois dias depois do ocorrido. O Sitatuh, no entanto, afirma que a empresa não apurou corretamente o caso e tomou uma decisão precipitada baseada apenas na pressão da internet.
O ex-gerente relatou que quem lidou com a compra foi um integrante da equipe do padre, e não ele diretamente. Ele também apontou que os preços nas prateleiras não especificavam detalhes do produto, o que pode ter gerado o mal-entendido. Para o sindicato, essa falta de apuração e a exposição pública da demissão configuram uma injustiça com impactos sérios na imagem do trabalhador.
Nota do sindicato
A entidade classificou o ato da empresa como discriminatório e abusivo, citando leis que garantem a dignidade do trabalhador e repudiam práticas vexatórias. “Tal conduta empresarial configura, em tese, dispensa discriminatória e abusiva”, diz o texto. A nota ressalta que houve uma tentativa clara de proteger a reputação da cafeteria em detrimento do funcionário, que acabou se tornando alvo de ataques virtuais. O sindicato disse ainda que está ao lado do trabalhador.