American Horror History volta ao topo com 1984

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1984 é o título da nona temporada de American Horror History e apresenta um cenário bem típico do horror contemporâneo: as histórias contadas nos acampamentos à beira de uma fogueira, com uma ligeira diferença: dessa vez, o acampamento é onde ocorre a história, e não onde ela é contada. 

Extremamente coesa e fluida, a temporada resgata os melhores momentos do seriado de horror da FX, com começo meio e fim muito bem delimitados e sem deixar margem para muitas interpretações, como foi Hotel e até Apocalipse, que precisou de extras para se explicar.  

Construída em forma de antologia, ou seja, um apanhado de várias histórias, AHS tem em sua fórmula original uma interligação mais ou menos sutil entre as temporadas, o que sempre gera uma caça às bruxas (sem trocadilho) para saber quem é relacionado com quem, onde e quando, sendo essa uma das diversões extras do seriado, mas o fato de ter um elenco rotativo, no qual os mesmos atores fazem papeis diferentes a cada temporada e nem sempre voltam, acaba por vezes deixando confuso achar todas as conexões. Mas assim como um bom mistério, quem não gosta de um bom desafio? 

Essa fórmula original nem sempre dá tão certo ou fica tão clara, e talvez aí seja o triunfo dessa nona temporada, que certamente está entre as top temporadas, talvez a top 3, perdendo apenas da estreia, Murder House e da já clássica Coven. 

O sucesso da nona temporada se deve principalmente ao roteiro bem acabado, muito bem executado por um elenco que em sua maioria não tinha brilhado tanto desde então, como Billie Lourd,John Carrol Lynch e Zach Villa além de ver Emma Roberts roubar a cena, quase fazendo esquecer gigantes como Sarah Paulson, Jessica Lange e Evan Peters, que descansaram nessa temporada, que nem precisou dos convidados de honra para brilhar, como foi Hotel com Lady Gaga. 

Uma temporada tão boa, rápida e na medida que deixa os fãs na expectativa pela icônica décima temporada, que deve contar com o retorno de Lady Gaga.