Mais um desdobramento no caso de Daniel Alves. Nesta quarta-feira (07), o Ministério Público de Barcelona recorreu da decisão que absolveu o jogador. Condenado por estupro em fevereiro de 2024, o brasileiro teve a sentença revertida pela Justiça espanhola em março deste ano. No entanto, a defesa da vítima conseguiu que o caso fosse reaberto para um novo julgamento.
Em março de 2025, o Tribunal de Justiça da Catalunha decidiu por unanimidade que a mulher que acusou Daniel Alves apresentou diversas falhas e pontos divergentes em seu depoimento em relação aos fatos. Os magistrados optaram por anular a condenação do jogador, ressaltando, contudo, que essa decisão não confirma nem nega a ocorrência do ato em questão.
Reviravolta no caso Daniel Alves
Em abril, na sequência da decisão de absolvição, o Ministério Público apelou ao Tribunal Supremo espanhol, pleiteando que o caso fosse reaberto e julgado novamente. A Justiça acatou a solicitação, o que insere novas possibilidades para o desfecho da história. A acusação de estupro contra Daniel Alves remonta a 30 de dezembro de 2022.
Relembra a polêmica envolvendo Daniel Alves
Na ocasião, uma mulher espanhola alegou ter sido atacada pelo jogador no banheiro de uma boate em Barcelona. Laudos periciais confirmaram a existência de sêmen na vítima, e testemunhos de funcionários do local reforçaram a versão de que ela se encontrava visivelmente abalada ao deixar o banheiro.
A sentença considerou o atleta culpado, pois, conforme declarado pelo tribunal na época, ficou provado que a vítima não havia consentido com o ato. Além do testemunho da denunciante, a corte considerou que havia outras provas que corroboravam a ocorrência do estupro, incluindo a lesão no joelho da vítima, o comportamento de ambos após o incidente, e os traumas sofridos por ela. O tribunal destacou que o fato de a vítima ter entrado voluntariamente no banheiro com Daniel Alves não implicava consentimento para o que aconteceu em seguida.