Os telespectadores que estão acompanhando a novela Vale Tudo testemunharão nos próximos capítulos mudanças significativas envolvendo o personagem Rubinho, interpretado por Julio Andrade. Diferentemente da versão original de 1988, vivida por Daniel Filho, a atual adaptação optou por atualizar o retrato do pianista, especialmente no que diz respeito ao tabagismo.
Na trama exibida há 37 anos, Rubinho aparecia frequentemente fumando, com o cigarro presente em praticamente todas as suas cenas. Hoje, no entanto, a abordagem é diferente: fumar não é mais retratado como algo estilizado, mas sim como um hábito nocivo e perigoso.
Rubinho morre de infarto em Vale Tudo
Segundo Márcia Pereira, colunista do Notícias da TV, a decisão da direção artística segue a política antitabagista que se consolidou nas novelas a partir do fim da década de 1990. As raras vezes em que Rubinho aparece fumando no remake têm função crítica: servem como sinal de alerta para o público sobre os riscos do cigarro. A trajetória do personagem culminará com um infarto fulminante, previsto para ir ao ar no capítulo do dia 21 de abril. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tabagismo é responsável por 45% das mortes por infarto do miocárdio — número que reforça a importância do alerta embutido na trama.
Rubinho, que passou grande parte da vida tentando realizar seu sonho de tocar em Nova York, chegará muito perto de conquistar esse objetivo. Sem apoio da filha, Maria de Fátima (Bella Campos), que se negará a emprestar R$ 20 mil, ele encontrará ajuda em Renato (João Vicente de Castro), amigo de infância que se sensibilizará e providenciará as passagens para a tão esperada viagem. No entanto, momentos antes de embarcar no jatinho de Marco Aurélio (Alexandre Nero), o músico passará mal e será levado às pressas ao hospital.
Cena emocionante com Raquel
No leito, já internado em uma UTI, Rubinho ainda conseguirá acordar brevemente e pedirá para ver seu passaporte. Emocionado, fará um último pedido para que avisem o dono do bar em Nova York que ele “quase chegou lá”. Em uma das cenas mais comoventes da novela até aqui, o pai de Maria de Fátima morrerá nos braços de Raquel (Taís Araujo), encerrando sua trajetória com tristeza e frustração, mas também com dignidade.