A Justiça da Espanha anulou nesta sexta-feira (28) a condenação por estupro do ex-jogador Daniel Alves. A decisão foi tomada pelo Tribunal Superior da Catalunha, que aceitou um recurso da defesa do brasileiro. Em fevereiro de 2024, ele havia sido condenado a quatro anos e seis meses de prisão pelo crime ocorrido em uma boate de Barcelona.
O tribunal considerou que não havia provas suficientes para manter a sentença. De acordo com os juízes da segunda instância, as filmagens da boate apresentadas no processo mostravam inconsistências com o depoimento da vítima. Segundo a decisão, não foi possível descartar a presunção de inocência do ex-lateral da Seleção Brasileira. Além disso, os magistrados apontaram contradições na decisão judicial anterior, o que motivou a anulação da condenação.
Vítima alegou ter sido estuprada
O crime teria ocorrido em dezembro de 2022, quando a vítima relatou que foi conduzida por Daniel Alves até um banheiro da boate Sutton, onde teria sido forçada a manter relações sexuais contra sua vontade. Na época, a Justiça da Catalunha considerou que o depoimento da mulher era consistente e determinou a prisão do jogador em janeiro de 2023. Ele permaneceu detido por 14 meses antes de ser solto sob fiança de 1 milhão de euros.
Desde que o caso veio à tona, Daniel Alves apresentou diferentes versões sobre o ocorrido. Inicialmente, negou conhecer a vítima, depois afirmou que o encontro foi consensual. A defesa do jogador argumentou que não havia elementos suficientes para comprovar o crime, e que a decisão inicial havia sido tomada sem uma análise adequada das provas.
Anulação pode ser contestada
A anulação da sentença pode ser contestada pela promotoria espanhola, que ainda pode recorrer à Suprema Corte da Espanha. Enquanto isso, Daniel Alves segue em liberdade condicional. O caso continua repercutindo e levanta debates sobre a condução de julgamentos envolvendo figuras públicas e crimes sexuais.