O conflito histórico entre as atrizes Betty Faria e Sonia Braga remonta aos bastidores da adaptação cinematográfica de Tieta do Agreste, obra de Jorge Amado, que chegou ao cinema em 1996. A disputa teve início após o grande sucesso da novela exibida em 1989, protagonizada por Betty, que causou repercussão nacional.
Sete anos depois da novela, Sonia Braga foi escalada para viver a mesma personagem no filme, decisão que não agradou à atriz da TV. A escolha de Sonia gerou desconforto, especialmente por não haver uma comunicação prévia entre as atrizes sobre a continuidade do papel no cinema.
Betty sentiu-se desrespeitada com a escolha de Sonia para o filme
Betty Faria, que havia garantido os direitos da obra para a adaptação televisiva, se sentiu desrespeitada quando soube que Sonia Braga interpretaria Tieta na versão para o cinema. Em declarações feitas em 2016 à Época, Betty revelou que a escalada de Sonia foi um erro, especialmente por ter sido realizada sem consulta prévia, o que causou descontentamento entre o público que acompanhava a novela.
Por outro lado, Sonia Braga afirmou que já possuía os direitos cinematográficos de Tieta do Agreste antes da produção da novela. A atriz explicou que, ao ser informada da versão televisiva durante uma viagem à Itália, ficou surpresa e se sentiu desconfortável com a reação de Betty.
Procura de alcance internacional
A decisão de escalar Sonia Braga para o filme foi uma escolha do diretor Cacá Diegues, que tinha como objetivo alcançar o público internacional, dado o reconhecimento da atriz no exterior, especialmente após seu sucesso em filmes como Dona Flor e Seus Dois Maridos e Gabriela. Além disso, a escolha por Sonia estava ligada à sua relação pré-existente com o autor Jorge Amado, que já havia firmado a aquisição dos direitos para o cinema antes de qualquer adaptação televisiva.