Durante um show realizado em Belém, no Pará, no último dia 8, o cantor Compadre Washington, líder da banda “É o Tchan”, gerou indignação ao expor uma fã trans de maneira constrangedora. O artista convidou a jovem ao palco e, ao invés de respeitar o nome social que ela apresentou, insistiu repetidamente para que ela revelasse seu nome de registro.
De acordo com o Jornal Extra, o nome social, assegurado por lei, é um direito fundamental das pessoas trans e representa sua identidade real, devendo ser respeitado em qualquer ambiente.
Compadre Washington recebe acusações na web
A situação desconfortável foi registrada em vídeo e viralizou nas redes sociais na última quarta-feira (19). No palco, a jovem, que se identificou como Ketlen, foi pressionada diversas vezes até, sob forte constrangimento, acabar mencionando seu nome morto.
“Não! Mentira sua. Mamãe não batizou você assim“, disse o cantor, deixando a fã visivelmente constrangida. Nas redes sociais, Compadre Washington foi acusado deter praticado transfobia.
⏯️ O vocalista do Grupo É o Tchan, Compadre Washington, repercutiu na web, nesta quinta-feira (20/2), após protagonizar momento controverso com uma fã trans durante show na cidade de Belém, no Pará.
A admiradora foi convidada para subir no palco e o vídeo gravado pelo grupo… pic.twitter.com/QCGIF7HcE5
— Metrópoles (@Metropoles) February 20, 2025
Cantor se pronuncia
Diante da repercussão negativa, Compadre Washington utilizou seu perfil no Instagram na manhã desta quinta-feira (20) para se desculpar. No vídeo, ele afirmou que estava apenas animado no dia do show, mas reconheceu o erro e pediu desculpas a Ketlen e a todas as pessoas que se sentiram desconfortáveis com sua atitude. Ainda de acordo com o Jornal Extra, a exposição pública de uma pessoa trans dessa forma pode causar danos emocionais significativos e não deve ser tratada com leviandade.