Netinho de Paula é acusado de relação com facção criminosa; cantor teria recebido valores milionários

Cantor é citado em investigação sobre conexão com operador do PCC e possível envolvimento em lavagem de dinheiro.

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A Polícia Federal revelou novas informações envolvendo o cantor Netinho de Paula, que, segundo investigações, manteve uma relação de amizade com Ademir Pereira de Andrade, operador financeiro da facção criminosa PCC. A troca de mensagens, que foi encontrada durante uma operação policial, revela que o cantor solicitava empréstimos de valores consideráveis com o criminoso.

Segundo informações da Polícia Federal, o pagodeiro se referia a Ademir Pererira através do apelido “Banco da Gente“. Além disso, Netinho enviou diversas mensagens relatando pagamentos de dívidas com o agiota, incluindo montantes de R$ 500 mil e R$ 2 milhões.

Relação com o “Banco da Gente”

Conforme relatórios da PF, além dos empréstimos, Netinho demonstrava uma amizade próxima com Ademir, trocando mensagens amigáveis sobre a saudade que sentia do agiota. O cantor também fez apresentações em um sítio pertencente a Ademir, na cidade de Igaratá, interior de São Paulo, embora sua defesa afirme que desconhecia qualquer envolvimento do contratante com atividades criminosas.

Suspeita de lavagem de dinheiro

A investigação também aponta que Ademir estava envolvido em práticas de lavagem de dinheiro, incluindo a movimentação de valores através de transações internacionais. Em uma das mensagens, Netinho se comunica sobre a chegada de US$ 40 mil de Angola e pede ajuda para realizar a operação financeira.

Netinho de Paula, que também atuou como vereador e é conhecido pelo seu trabalho no pagode e como apresentador, ainda não se manifestou publicamente sobre o conteúdo das investigações. Seus advogados, no entanto, aguardam acesso aos detalhes do caso antes de se posicionar oficialmente.