O Brasil perdeu, na manhã desta quinta-feira (26), um dos maiores ícones de sua dramaturgia. O ator Ney Latorraca faleceu aos 80 anos em decorrência de uma sepse pulmonar, complicação gerada pelo agravamento de um câncer de próstata.
O diagnóstico da doença havia sido feito em 2019. Internado desde o último dia 20 na Clínica São Vicente da Gávea, no Rio de Janeiro, o artista travou uma batalha que mobilizou a admiração e o carinho de fãs, amigos e colegas.
Após a descoberta do câncer, Ney foi submetido a uma cirurgia para a remoção da próstata. Ele viveu alguns anos sem sinais da doença e estava muito animado.
Câncer voltou e tratamento não surtiu efeito
Em agosto deste ano, a enfermidade retornou em estágio de metástase, atingindo diversas regiões do corpo. Apesar de iniciar um novo tratamento, os resultados não foram positivos.
O ator enfrentou um desfecho que encerra uma das trajetórias mais marcantes da arte brasileira. Nascido em Santos, litoral de São Paulo, em 1944, Antonio Ney Latorraca descobriu cedo sua vocação artística. Aos 6 anos, estreou em uma radionovela da Record, revelando o talento precoce que mais tarde se desdobraria em uma carreira diversa e brilhante.
Ney Latorraca fez sucesso no teatro, na TV e no cinema
Nos anos 1970, Ney brilhou nos palcos teatrais, participando de produções emblemáticas como Hair (1970), Jesus Cristo Superstar (1972), Bodas de Sangue (1973) e A Mandrágora (1975).
Ney se destacou também na televisão e no cinema, onde deu vida a personagens inesquecíveis, marcados por sua versatilidade e capacidade de emocionar e divertir o público. Além de sua genialidade como ator, ele era admirado por sua personalidade cativante e senso de humor afiado.