Naldo Benny encontra forças para falar do assassinato do irmão: ‘fiquei tonteado’

Naldo Benny relembrou de um momento trágico de sua vida, quando sofreu com a execução do irmão, vítima do crime organizado do Rio de Janeiro.

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O cantor Naldo Benny, de 45 anos, emocionou-se ao relembrar o trágico assassinato de seu irmão, Lula. As memórias foram expostas durante entrevista ao videocast PodShape. O crime, ocorrido em 2008, foi perpetrado pelo crime organizado que atua no Rio de Janeiro.

Naldo Benny revelou ter visto pessoalmente o corpo de Lula carbonizado, uma cena que o abalou profundamente. Segundo o cantor, o corpo foi encontrado três dias após a execução e, desde aquele momento, nunca voltou a ser a mesma pessoa.

Naldo Benny relembra cumplicidade com o irmão

A relação entre os dois irmãos era marcada pela proximidade e parceria. Naldo Benny recordou que, desde a infância, sempre cuidou de Lula, que recorria ao irmão mais velho – no caso ele próprio – sempre que precisava de proteção. A cumplicidade entre eles se estendia à música: juntos formavam uma dupla e estavam desenvolvendo o CD Na Veia quando a tragédia aconteceu. Lula chegou a contribuir para a gravação de algumas faixas antes de sua morte.

Naldo Benny ficou abalado, mas conseguiu seguir com a carreira

A perda deixou Naldo “tonteado”, especialmente pelas circunstâncias brutais que envolveram o crime. “Meu irmão era dupla comigo. Eu era o mais velho, na escola, se alguém fosse bater nele, ele falava: ‘vou chamar o meu irmão’. Sempre cuidei dele, era meu parceiro de composição e depois [que ele foi morto] fiquei tonteado”, desabafou.

Apesar da dor, o cantor continuou sua trajetória e, no ano seguinte, conquistou o sucesso nacional. Em 2009, tornou-se um dos principais nomes do funk brasileiro, marcando época com o projeto idealizado ao lado do irmão.