O Direito de Nascer: a novela que parou o Brasil, lotando o Maracanãzinho e fazendo sessões de cinema ficarem vazias

Sucesso em sua época, O Direito de Nascer teve seu final exibido no Maracanã.

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Há 60 anos, a novela da Tupi fez o Brasil parar em frente à televisão. O Direito de Nascer conseguiu lotar o Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, que parou para ver como seria encerrada a história que prendeu os brasileiros por nove meses diante da TV.

Antes mesmo de outras novelas virem ao Brasil com suas histórias, a TV Tupi conseguiu esse feito. Primeiro grande fenômeno da televisão brasileira, O Direito de Nascer prendeu os brasileiros em frente à televisão por nove meses.

A trama, que narrava a história de um menino que quase foi abortado devido a um escândalo familiar, foi criada pelo cubano Félix Caignet (1892-1976) e já havia feito sucesso no rádio em seu país de origem. Ganhando espaço na televisão, sendo adaptada por Thalma de Oliveira e Teixeira Filho, a trama repetiu o feito, fazendo com que os cinemas ficassem praticamente vazios das 20h às 22h.

O Direito de Nascer era fenômeno entre taxistas 

Além disso, motoristas de táxi paravam de rodar para assistir à trama. Na época de sua exibição, os bebês que nasciam eram batizados de Albertinho Limonta, nome do protagonista do folhetim, vivido por Amilton Fernandes. Estreando em 1964, foi em 1965 que a audiência ficou tão grande que a saga chegou a esvaziar um jogo do Vasco.

Remake de O Direito de Nascer não repetiu o feito da versão original 

Manuel Joaquim Lopes, até então presidente do clube, culpou o folhetim pelo estádio vazio. O final da trama foi exibido em agosto, no Maracanãzinho. O estádio estava lotado de pessoas que gritavam loucamente o nome dos protagonistas. Em 1978, a Tupi fez um remake da trama, mas não conseguiu o mesmo feito.