Pai de Belo era cantor sertanejo e faleceu antes de ver o sucesso do filho

Belo aprendeu os primeiros acordes com o pai, mas graças a uma tia, se apaixonou pelo samba.

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O documentário “Belo: perto demais da luz”, lançado recentemente pelo Globoplay, traz uma perspectiva surpreendente sobre a trajetória do cantor. Embora ele tenha se consagrado no samba e no pagode, sua introdução ao universo musical foi marcada por influências sertanejas, transmitidas por seu pai, José Rodrigues Vieira, pedreiro e músico amador.

Meu pai era músico sertanejo. Quando ele me deu meu primeiro instrumento, queria que eu seguisse esse caminho. Minha mãe queria que eu fosse torneiro mecânico, fresador e ajustador”, contou. Belo revelou que aprendeu os primeiros acordes com o pai, sem imaginar que era o começo de sua vida profissional.

José Rodrigues, nascido em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, teve um papel crucial no despertar artístico do filho. Apesar de todo o incentivo, ele não viveu o suficiente para testemunhar o sucesso do cantor.

Pai do cantor faleceu sem saber que o filho seria tão famoso

Belo deu detalhes sobre este momento tão difícil de sua vida. “Meu pai morreu de cirrose hepática, quando eu tinha 18 anos [em 1992]. Eu me lembro que ele bebia muito! Trabalhava em obra, saía muito cedo de casa, às 3h da manhã… Não chegou a ver o meu sucesso, não chegou a ver o que eu me tornei”, lamentou o artista em uma entrevista ao Extra.

O cantor compartilhou a emoção de conhecer alguns dos ídolos de seu pai. “Muitos eram antigos, como Pena Branca & Xavantinho, Tonico & Tinoco… Eu conheci João Mineiro & Marciano, por exemplo”, revelou.

Apesar da influência do pai, o cantor optou pelo samba

Belo diz ter sido abençoado por Deus, pois conheceu os ídolos de seu pai. Mesmo com raízes sertanejas, a paixão pelo samba acabou prevalecendo, impulsionada por uma tia que o introduziu ao universo do gênero.

Das Dores, tia de Belo, gostava de ouvir Clara Nunes, Beth Carvalho, Cartola, Alcione, Jamelão, Nelson Cavaquinho, entre outros. Aos 50 anos, Belo se mostrou grato ao rever sua jornada, destacando a importância de sua formação musical diversa e o papel essencial de sua família nesse caminho.