Esposa revela desabafo de Maurício Kubrusly que cogitou eutanásia após demência: ‘Não tenho mais o que fazer aqui’

O jornalista recebeu o diagnóstico de demência frontotemporal, condição que afeta a memória.

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Maurício Kubrusly, jornalista renomado que conquistou o Brasil com suas reportagens no Fantástico, agora é tema de um documentário. O carioca, conhecido por seu sobrenome peculiar, deixou o Rio de Janeiro para construir sua carreira em São Paulo. Com passagens marcantes pelo rádio e pela escrita sobre música, ele ganhou destaque na televisão.

No quadro Me Leva Brasil, exibido por 17 anos, Kubrusly produziu cerca de 300 reportagens, visitando todos os estados brasileiros. Recentemente, foi revelado que o jornalista enfrenta um diagnóstico de demência frontotemporal, uma condição degenerativa que afeta linguagem, memória e comportamento de forma progressiva.

Maurício Kubrusly chegou a cogitar eutanásia

O Fantástico do último domingo (1º) mostrou que Kubrusly vive atualmente na Bahia com sua esposa, Beatriz Goulart, com quem está junto há mais de duas décadas. Aos 79 anos, ele não se lembra mais dos nomes de ninguém, exceto do de Beatriz.

Beatriz contou que, mesmo sem recordar os nomes das pessoas, Kubrusly mantém seu carinho por todos. Em uma entrevista publicada na Revista Veja, ela revelou que o jornalista chegou a cogitar a eutanásia, mas foi convencido a abandonar essa ideia. “Maurício chegou a mencionar seguir o mesmo caminho escolhido por Antonio Cicero (escritor que fez eutanásia). ‘Não tenho mais o que fazer aqui’, disparou [ele] certa vez“, revelou a esposa do jornalista.

Demência frontotemporal

O diagnóstico de demência frontotemporal foi compartilhado pela família em 2023, embora ele conviva com a doença há cerca de sete anos. Bruce Willis, famoso ator de Hollywood, também recebeu o mesmo diagnóstico recentemente. Apesar de compartilhar algumas semelhanças com o Alzheimer, a demência frontotemporal tem particularidades, como alterações no comportamento e dificuldades de fala, sendo menos centrada em falhas de memória. Essa condição geralmente afeta indivíduos em idade ativa, entre 45 e 65 anos, enquanto o Alzheimer é mais comum após os 65 anos.