A Globo foi alvo de críticas nas redes sociais por não ter acionado a tradicional vinheta de plantão ao divulgar a notícia de um plano de militares para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Muitos telespectadores questionaram a escolha editorial da emissora, argumentando que a gravidade do caso justificaria a interrupção da programação regular com a famosa vinheta.
A explicação para a ausência do “Plantão da Globo”, no entanto, é simples: a notícia foi divulgada durante o Bom Dia Brasil, um telejornal nacional em horário nobre da manhã. Diferentemente de momentos em que a emissora precisa interromper programas gravados ou conteúdos locais, o Departamento de Jornalismo já estava no ar, cobrindo o assunto em tempo real.
Nos últimos anos, a Globo se tornou mais criteriosa no uso da vinheta de plantão. Embora continue associada a acontecimentos de grande impacto, sua utilização é reservada a momentos em que é necessário interromper abruptamente a programação.
Globo não precisou interromper a programação
Essa mudança na direção da Globo explica por que episódios como a eleição de Donald Trump em 2016 contaram com o plantão, já que o anúncio foi feito durante a exibição de telejornais locais. Nesse caso, era impossível coordenar a transição natural entre programas ao vivo.
Já na cobertura do plano contra Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes, a informação foi integrada ao telejornal, sem necessidade de acionamento da vinheta.
Internautas esperavam pela vinheta do Plantão da Globo
Outro exemplo recente que seguiu essa lógica foi a cobertura da morte de Silvio Santos, quando a transição entre apresentadores foi feita sem interrupções abruptas. Apesar da explicação técnica, a decisão da Globo gerou um debate acalorado nas redes sociais.
Muitos usuários questionaram se o tratamento dado à notícia estaria minimizando sua importância. “Eu não estou em casa, mas quem está pode me dizer se essa notícia foi dada em plantão da Globo ou se isso está sendo entregue como se fosse mais uma matéria de rotina do G1?”, questionou um usuário do X, antigo Twitter.