Uma repórter e um cinegrafista da Globo sofreram insultos e agressões enquanto se preparavam para fazer uma matéria sobre os casos de coronavírus em Minas Gerais. Por meio de um celular, um anônimo cuja identidade não foi revelada aparece enquadrando e constrangendo os dois profissionais, enquanto dispara zombarias e os hostiliza.
Equipe da Globo é hostilizada em Minas Gerais
Os trabalhadores permaneceram em silêncio o tempo todo. Vendo que a situação estava insustentável para o prosseguimento da reportagem, começaram a caminhar em direção ao veículo da produção. O homem os seguiu, continuando com as filmagens e as agressões verbais. Em um momento, chega a chamar a Globo de “propagadora de fake news”, dizendo ainda que a empresa perderia em breve os seus direitos de se manter no ar por estar com impostos atrasados junto ao governo federal.
A jornalista que aparece nas imagens é Maria Claudia Bonutti. Um dos perfis que replicou as imagens nas redes sociais lamentou o ocorrido, dizendo que os dois profissionais da imprensa estava realizando um trabalho arriscado em meio à pandemia pelo novo coronavírus, tudo isso para manter a população bem informada e protegida contra a doença e os boatos que circulam pelo país.
Profissionais da imprensa declaram apoio à equipe da Globo
Um absurdo! A equipe de reportagem de Belo Horizonte passou por uma péssima situação. Isso só mostra que o trabalho jornalístico precisa de apoio e respeito, pois existem fanáticos que só querem destruir a reputação de quem trabalha com a notícia. pic.twitter.com/aMwnulgwUf
— virei jornalista (@vireijornalista) March 20, 2020
Diversos profissionais da imprensa usaram suas redes sociais para repudiarem o ato do agressor e prestar apoio para os trabalhadores vítimas do constrangimento. “São profissionais como esses dois que salvam centenas de vidas todos os dias desmentindo as Fake News produzidas por idiotas como esse”, disparou Darlisson Dutra, do SBT. Ele recordou que os celgas estavam fazendo o importante papel de manter a sociedade bem informada nestes tempos de crise.
Philipe Lemos, âncora do ES1, ficou revoltado com a atitude do indivíduo. Ele fez um trocadilho com a pandemia dizendo que o homem havia sido contaminado por um “vírus mental”, e elogiou a atitude dos dois membros da equipe diante das agressões que estavam sofrendo.