José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu nesta quinta-feira (24) em São Paulo, como confirmado por sua esposa, Irani Pinheiro, ao G1. O ex-pugilista, ícone do boxe brasileiro, sofria de Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), também chamada de demência pugilística, uma doença neurodegenerativa sem cura.
O ex-lutador estava recebendo tratamento no Centro Terapêutico Anjos de Deus, localizado em Itu, no interior de São Paulo, desde 2017. Conforme relatado pela instituição, seu estado de saúde se agravou nos últimos dias. Ele deixa esposa e três filhos: Edimilson Lima dos Santos, Adenilson Lima dos Santos e Adilson Rodrigues Júnior.
Diagnóstico de encefalopatia traumática crônica em Maguila
O diagnóstico de Encefalopatia Traumática Crônica foi feito antes de Maguila completar 50 anos, mas sua condição foi inicialmente tratada incorretamente. Durante um período, ele foi tratado para Alzheimer, o que atrasou os cuidados adequados.
Apenas em 2015, sob os cuidados do neurologista Renato Anghinah, foi possível identificar que a verdadeira causa dos sintomas estava relacionada aos inúmeros golpes na cabeça que ele sofreu durante sua carreira no boxe.
Doença que matou Maguila é comum em lutadores
A ETC é uma condição comum em atletas que enfrentam repetidos traumas na cabeça, como boxeadores e jogadores de futebol americano. Esses impactos cumulativos acabam gerando alterações cerebrais que levam a sintomas debilitantes, como perda de memória, confusão, e alterações de comportamento.