José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos, em São Paulo. O ex-boxeador, uma lenda do esporte brasileiro, sofria de encefalopatia traumática crônica (ETC), também conhecida como demência pugilística, uma doença neurodegenerativa causada pelos repetidos golpes na cabeça durante sua carreira no boxe.
Maguila nasceu em 12 de junho de 1958, em Aracaju, Sergipe. Ele iniciou sua carreira no boxe em 1983 e lutou até 2000, acumulando um impressionante recorde de 85 lutas, com 77 vitórias, sendo 61 por nocaute, sete derrotas e um empate técnico. Entre suas lutas mais memoráveis estão os confrontos com George Foreman e Evander Holyfield.
Parte um grande ícone do esporte brasileiro
Nos últimos anos, Maguila residia no Centro Terapêutico Anjos de Deus, em Itu, no interior paulista, onde recebia cuidados paliativos devido à sua condição de saúde. Sua esposa, Irani Pinheiro, confirmou que ele foi transferido para o Hospital das Clínicas em São Paulo após uma piora em seu quadro clínico.
A demência pugilística de Maguila foi diagnosticada em 2013, mas antes disso, ele foi erroneamente tratado para Alzheimer. A doença, que é incurável, resultou de anos de golpes na cabeça, uma realidade dura para muitos boxeadores profissionais. Em uma entrevista em 2022, Maguila expressou gratidão ao povo brasileiro e falou sobre sua luta contra a doença, destacando seu desejo de tranquilizar seus fãs na ocasião.
Maguila viveu seus últimos dias no Centro Terapêutico Anjos de Deus
A morte de Maguila marca o fim de uma era no boxe brasileiro. Ele será lembrado não apenas por suas conquistas no ringue, mas também por sua personalidade carismática e sua capacidade de inspirar muitos com sua história de superação. O Brasil perde um ícone do esporte, mas seu legado continuará a inspirar futuras gerações de atletas.