As Panteras se perde no feminismo para filme abaixo da média

PUBLICIDADE

As panteras foi um grande sucesso em 1976, na tv americana, e lançou ao estrelato Farrah Fawcett, eterno sex symbol, durando 5 anos na televisão. Nos anos 2000, a franquia foi revisitada com um trio de respeito: Lucy Liu, Cameron Dias e Drew Barrimore (além do impagável Bill Murray), que fizeram sucesso em dois filmes. Quase vinte anos depois, foi a vez de Elizabeth Banks tentou ressuscitar a franquia.

As Panteras de 2019 traz, além da própria Elizabeth como Bosley, Kristen Stewart e outras duas atrizes menos conhecidas. Também há um grande elenco de apoio, como Patrick Stewart, o queridinho Noah Cantineo e outros rostos conhecidos do grande público. A intenção desse novo remake é clara: empoderamento feminino acima de tudo, a ponto do pouco entusiasmo dos públicos ter gerado reclamações feministas nem sempre embasadas da diretora.

A verdade é que o filme é fraco. Ele tenta internacionalizar a franquia, tipo um Man In Black International, para justificar vários Bosleys como um cargo, voltando aos filmes de espiões tipo Bond e colocando uma mulher pela primeira vez no comando. Nada contra, mas falta química entre as panteras e sua chefe.

Isso para não falar do casting. Parece que capricharam no elenco de apoio e esqueceram do principal, fazendo com que a narrativa deslocasse sua atenção muitas vezes para que os bons atores tivessem seu espaço, enterrando assim as fraquíssimas protagonistas femininas, ainda que a intenção da diretora tenha sido fazer o contrário.

Tivesse escolhido alguém melhor que Kristen, sempre abaixo da média, falhando em ser sexy, poderosa ou canastrona. Parece modelo atuando. Ella Balinska até que se sai bem, ainda que o destaque seja mais do que pode segurar. Banks também sai bem em comédia, mas parece deslocada em filme de ação com pretensas surpresas. Sobrou para Naomi Scott, a mais versátil de todas, ser a melhor atuação do elenco principal. E olha que ela veio de Power Rangers.

Mulheres fortes estão e precisam estar em evidencia, e já demorou para isso. Mas não basta fazer qualquer coisa e reclamar de machismo por não endossar um filme sessão da tarde. A precisão, sutileza e charme das anjas do Charlie de 2000 em nada se compara com as jagunças de Banks.